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FICHA DE INVENTÁRIO
Museu:
Museu Nacional Soares dos Reis
N.º de Inventário:
120.2 Our MNSR
Supercategoria:
Arte
Categoria:
Ourivesaria
Denominação:
Galheta / Conjunto de cruz e galhetas
Autor:
Desconhecido
Local de Execução:
India
Datação:
XVII d.C. - XVIII d.C. - Período Mogol
Matéria:
Nefrite, 1 rubi, vidro azul, dobletes coloridos de quartzo, topázio (?), ouro amarelo, prata dourada e vidro incolor (classificação gemológica da autoria de Rui Galopim de Carvalho).
Técnica:
Nefrite esculpida. Incrustação, gravação, cravação esmalte e soldadura.
Dimensões (cm):
altura: 11,9; largura: 8,5;
Descrição:
Galheta talhada em nefrite, piriforme, com asa em "C", bico tubular levemente encurvado, projectado na vertical ascendente. Tampa campanular, com rebordo interior para encaixe, remata no topo com conta perfurada em forma de pera invertida. Remate da tampa, bico e asa fixos por rebites, os dois ultimos a lâminas de ouro dobradas, que por sua vez são rebitadas ao corpo da peça. Bico em ouro esmaltado a negro, branco e azul com pequenos traços em serepenteado. Asa com decoração singela, constituída por filete de ouro interrompido por pentafólios incrustados. Tampa com vestígios de esmalte verde em "basse taille" formando losângulos em alternancia com quadrifólios. A superfície da peça é totalmente decorada com 29 vidros azuis em cabuchão, 62 quartzos forrados na forma de dobletes laranja e avermelhado e um rubi polido, cravados sobre incrustações em ouro, com formas vegetais constituindo padrão geométrico.
Incorporação:
Transferência - Ministério das Finanças/Depósito via Fazenda Pública
Origem / Historial:
*Forma de Protecção: classificação; Nível de Classificação: interesse nacional; Motivo: Necessidade de acautelamento de especiais medidas sobre o património cultural móvel de particular relevância para a Nação, designadamente os bens ou conjuntos de bens sobre os quais devam recair severas restrições de circulação no território nacional e internacional, nos termos da lei n.º 107/2001, de 8 de Setembro e da respectiva legislação de desenvolvimento, devido ao facto da sua exemplaridade única, raridade, valor testemunhal de cultura ou civilização, relevância patrimonial e qualidade artística no contexto de uma época e estado de conservação que torne imprescindível a sua permanência em condições ambientais e de segurança específicas e adequadas; Legislação aplicável: Lei n.º 107/2001, de 8 de Setembro; Acto Legislativo: Decreto; N.º 19/2006; 18/07/2006* O conjunto terá pertencido ao Mosteiro de Alcobaça , sendo essa a informação que consta na respectiva verba de Inventário do Cadastro da Fazenda Pública. Terá saído do Mosteiro após a supressão dos conventos em 1833-1834, sendo então depositado na Casa da Moeda em Lisboa. Em Julho de 1845 passa para as colecções de D. Fernando II no Palácio das Necessidades. Foi apresentado publicamente pela primeira vez em 1882, na Exposição Retrospectiva de Arte Ornamental (V. item Exposições), pertencendo já ao Rei D. Luís, sendo então classificado como trabalho indo português do Séc. XVII, classificação que Ramalho Ortigão mantém no Catálogo da Exposição de Arte Sacra Ornamental de 1895 (V. item Exposições), onde o refere como originário da "Índia Portuguesa". Em 1941 encontrava-se o conjunto de Cruz e par de Galhetas arrecadado na Casa Forte do Palácio das Necessidades, sendo efectuada a sua tranferência pelo Ministério das Finanças, através da Direcção Geral da Fazenda Pública, em Junho desse mesmo ano, para o Museu Nacional de Soares dos Reis. Esta cruz e o par de galhetas que lhe está associado têm sido desde sempre tratadas como conjunto na bibliografia que se lhes refere. Apresentam porém diferenças, que se evidenciam no desenho e na execução técnica, mas também na qualidade das gemas empregues, bastante mais ricas na cruz que nas duas galhetas. As peças deverão ter sido objecto de várias intervenções de que terão resultado, nomeadamente, as diferenças na decoração da bases das duas galhetas, o desenho fruste do filete de ouro das asas, em contraste com o requinte do trabalho de gravado do cruzamento dos braços da cruz, também ele presumivelmente posterior ao fabrico da peça, assim como o próprio resplendor. tais intervenções permitiram já aventar a hipótese (V. Silva, Nuno Vassalo em "A Herança de Rauluchantim" cit. em bibliografia), de se tratar de intervenções realizadas no século XVIII, por ourives europeus. Apresentando alguma degradação, sobretudo nos pontos de fixação, particularmente frágeis, estas peças não apresentam vestígios de uso, pelo menos naquela que seria a sua função primordial, previsíveis sobretudo no interior dos dois recipientes.
 
     
     
   
     
     
     
 
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