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FICHA DE INVENTÁRIO
Museu:
Museu Nacional Soares dos Reis
N.º de Inventário:
170 Pin MNSR
Supercategoria:
Arte
Categoria:
Pintura
Denominação:
Céfalo e Procris
Datação:
1879 d.C.
Suporte:
Tela
Técnica:
Óleo
Dimensões (cm):
altura: 153; largura: 218;
Descrição:
No contexto de uma extensa paisagem, duas personagem, um homem (Céfalo) e uma mulher (Prócris) estão representados no primeiro plano da composição. O corpo da mulher, deitado em terra e parcialmente coberto com um panejamento branco, com o tronco nu, preenche a composição na quase totalidade da largura do quadro. A seu lado, o homem está ajoelhado e tem o corpo curvado sobre o da mulher. As duas figuras desenham, em termos estruturais, um triângulo que se projecta da base do quadro para o centro da parte superior. Em volta dos corpos está representada uma vegetação baixa e só a meia distância, à esquerda, são figuradas algumas árvores interrompidas pelo limite da tela. A paisagem, que serve de cenário ao episódio narrado, projecta-se em grande profundidade até às linhas que esboçam as colinas dos últimos planos. O céu é brevemente apontado numa faixa estreita que limita a parte direita superior da composição.
Incorporação:
Outro - Academia Portuense de Belas Artes
Origem / Historial:
Obra enviada de Paris à Academia Portuense como prova final de pensionista do Estado em Pintura Histórica (1879). Nesse mesmo ano, Marques de Oliveira concluía uma bolsa na Escola de Belas Artes, em Paris, e regressava a Portugal. Pintura de tema mitológico e realizada em 1879, esta obra é de carácter quase obrigatório para o seu tempo , tendo sido de grande importância uma vez que foi a primeira composição mitológica depois de "Eneias Salvando o Seu Pai Anquises do Incêndio de Troia" (1843) de Fonseca. Trabalho académico de grande sucesso, o tema da morte de Prócris aqui representado não foi, contudo, aleatório visto que o autor era fascinado pela arte grega, e o domínio romantista na época trouxera de volta os temas clássicos tão retratados em finais do século XVII. Neste pintura denota-se a influência de outros artistas, como é o caso da representação do torso nu de Prócris - influência de Cabanel, mestre de Marques de Oliveira em Paris. Após a estreia da obra, a pensão do autor foi adiada por mais seis meses e continuou a ser selecionada pela Academia Portuense de Belas Artes para outras exposições (como é o caso da Exposição de Belas Artes de Madrid, 1881). A pintura foi adquirida pelo engenheiro Vasco Ortigão Sampaio ainda em vida do artista e que, mais tarde, este primeiro cedeu para a expor na Homenagem Póstuma de 1929. Quando a obra é exibida, em 1980, na 12ª Exposição da Sociedade Promotora de Belas Artes (Lisboa) recebe duras críticas de Rangel de Lima, sob a pseudónio de Rapin: «Dos primeiros, o intitulado "Cefalo e Procris" é o melhor, com quanto tenha erros de desenho apenas perdoáveis num artista que principia. Manifestam-se estes erros principalmente na figura de Cephalo (...). A cabeça, o pescoço e o braço do principe são incorretíssimas. Resgata, porém, um pouco este erros a figura de Prócris, cujo peito e cabeça metida em escorço estão bem desenhadas e pintadas. O fundo do quadro prega-se às figuras, o que provem talvez a composição não estar concluída , pois que segundo ouvi, o pintor não a dá como tal» (V.Bib:Assunção Lemos) Esta obra pertence ao Fundo Antigo do Museu, que a partir de 1839 passou a ser tutelado pelo Museu Nacional Soares dos Reis (antigo Museu Portuense) e pela Escola de Belas Artes do Porto (antiga Academia Portuense de Belas Artes). Em 1932 é feita a partilha do acervo de ambas as instituições.
 
     
     
   
     
     
     
 
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