Museu:
Museu Nacional Soares dos Reis
N.º de Inventário:
88 Esc CMP/ MNSR
Denominação:
Sarcófago romano
Título:
Sarcófago das Quatro Estações
Datação:
III d.C. - IV d.C.
Matéria:
Pedra (mármore sacaróide)
Dimensões (cm):
altura: 64; largura: 194; profundidade: 62;
Descrição:
Arca tumular decorada na face principal com um baixo-relevo alegórico centrando-se numa efígie romana, tendo a face posterior lisa. O friso descreve as Quatro Estações do Ano, tendo gravado ao centro o retrato do tumulado, num medalhão circular sustentado por duas vitórias aladas e sob o qual se vê uma junta de bois que arrasta o arado, guiada por um lavrador. As duas figuras aladas estão ladeadas pelos Génios das Estações: Primavera e Outono à direita de uma delas, Estio e Inverno à esquerda da outra. Entre os dois primeiros Génios situa-se um Fauno enquanto entre os dois últimos está uma figura feminina de feições africanas. No extremo esquerdo do friso um pastor toca uma flauta de Pan e no extremo oposto dois jovens pisam uvas numa dorna, de mãos dadas.
O retratado era pessoa grada pois detém na sua mão esquerda o "volumen" emblemático da magistratura municipal. A obra exibe interesse escultural de feição clássica onde pode ler-se um significado religioso que diz respeito ao mistério da vida eterna. Em apoio desta ideia vem a alusão ao culto romano de Baco (ou Dionísio para os gregos), através dos símbolos báquicos das cenas de vindimas e lagares, evocativos dos prazeres de uma vida além-túmulo. A arca tumular assenta em dois suportes de pedra.
Incorporação:
Outro - Depósito da Câmara Municipal do Porto no Museu Nacional de Soares dos Reis