Origem / Historial:
Por escritura de contrato datado de 1697, a peça foi encomendada ao ensamblador portuense António de Azevedo Fernandes destinada ao coro do Real Convento de Santa Clara de Vila do Conde.
«Contrato que fez a Reverenda madre Mariana de Sam Paullo com Antonio de Azevedo fernandez da Cidade do Porto.
Posteriormente à extinção do Mosteiro de Santa Clara, suprimido em 21 de Maio de 1893 pela morte da última freira, a peça foi escolhida pelo Director do Museu Municipal do Porto, António Augusto da Rocha Peixoto.
Em ofício de 30/09/1902 (Arquivo MNSR) dirigido ao vereador da Câmara Municipal do Porto, Rocha Peixoto relatava "Dando conta dos objectos escolhidos no Convento de Santa Clara de Vila do Conde", e constando na lista anexa "a estante do coro de baixo".
A delapidação do convento gerou acesa controvérsia nos periódicos da época, sendo publicada a lista das peças no jornal "O Primeiro de Janeiro" do dia 29 de Fevereiro de 1903, onde consta "uma estante coral de ébano".
Numa imagem publicada na Illustração Villacondense (2º ano, n.º 24, Dez. 1911), é visível a estante do coro de cima de Igreja de Santa Clara, sendo referido que a peça dera entrada no Museu Municipal do Porto.
No inventário parcial do Museu Municipal do Porto, datado de Fevereiro de 1920, Inventário de Escultura, Pintura, Mobiliário, Obra de Talha, consta na secção de mobiliário antigo, com o n.º 46, a "Estante coral grande com ornamentações metálicas, que pertenceu ao extinto Convento de Santa Clara de Vila do Conde" .
A peça foi incluída no inventário geral do Museu Municipal do Porto de 1938-39, cujo acervo foi depositado no Museu Nacional de Soares dos Reis em 1940-41, conforme o disposto no Decreto-Lei 27/879 de 21 de Julho de 1937.