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FICHA DE INVENTÁRIO
Museu:
Museu Nacional Soares dos Reis
N.º de Inventário:
21 Mob CMP/ MNSR
Supercategoria:
Arte
Categoria:
Mobiliário
Denominação:
Estante de Coro
Autor:
Fernandes, António de Azevedo (ativo 1693-1720)
Local de Execução:
Porto
Centro de Fabrico:
Porto
Oficina / Fabricante:
Oficina de António de Azevedo Fernandes
Datação:
1697 d.C.
Matéria:
Pau-santo; guarnições em latão dourado; bronze dourado; madeira dourada e policromada
Dimensões (cm):
altura: 354; largura: 170; profundidade: 173;
Descrição:
Estante monumental de coro, destinada a suportar os livros de cânticos. De estrutura piramidal, apresenta uma base hexagonal de onde saem volutas volumosas que se apoiam numa das extremidades, num plinto com estrutura poligonal igual à da base. Com triplo emolduramento, as zonas de apoio são alternadas pela fixação de placas de metal. O plinto é seguido de um pronunciado estrangulamento seguido de um elemento de forma circular formando gomos, onde por sua vez se apoia uma outra série de volutas de menores dimensões. A zona de suporte de livros, com plataformas para apoio dos mesmos, é de mecanismo giratório, sendo formada por painéis recuados, de forma piramidal. O coroamento tem uma estrutura complexa de peanhas invertidas e frisos metálicos, rematando com a estátua de S. Paulo, escultura de vulto em madeira dourada e policromada, com os atributos do livro e espada. As superfícies de pau-santo têm abundantes guarnições em latão dourado com diferentes aplicações: em forma de friso, de desenho delimitado entre dois filetes que percorrem as superfícies planas, ou ainda acompanhando as superfícies curvas seguindo o movimento ditado pela madeira. As composições dos frisos metálicos variam entre motivos de estilização floral, rematados pela flor-de-liz e nos remates dos frisos das volutas surgem botões ou discos. As aplicações podem apresentar-se sob a forma de chapas, adquirindo um desenho mais solto, não delimitado pelos dois filetes ou barras que emolduram os frisos. Os ornatos em latão têm igualmente a forma de frisos lisos, como na plataforma do coroamento da pirâmide. Os pés, em metal, são em forma de garra de ave. Tipologia de grande divulgação entre os mosteiros e conventos do norte do país no séc. XVII e primeiras décadas do séc. XVIII. Esta peça pertenceu ao Convento de de Santa Clara de Vila do Conde, tendo sido realizada para o coro alto da igreja do convento por António de Azevedo Fernandes, ensamblador do Porto, por escritura de contrato celebrado a 15 de Novembro de 1697 com a abadessa do convento, Madre Mariana de S. Paulo.
Incorporação:
Depósito da Câmara Municipal do Porto no Museu Nacional de Soares dos Reis.
Origem / Historial:
Por escritura de contrato datado de 1697, a peça foi encomendada ao ensamblador portuense António de Azevedo Fernandes destinada ao coro do Real Convento de Santa Clara de Vila do Conde. «Contrato que fez a Reverenda madre Mariana de Sam Paullo com Antonio de Azevedo fernandez da Cidade do Porto. Posteriormente à extinção do Mosteiro de Santa Clara, suprimido em 21 de Maio de 1893 pela morte da última freira, a peça foi escolhida pelo Director do Museu Municipal do Porto, António Augusto da Rocha Peixoto. Em ofício de 30/09/1902 (Arquivo MNSR) dirigido ao vereador da Câmara Municipal do Porto, Rocha Peixoto relatava "Dando conta dos objectos escolhidos no Convento de Santa Clara de Vila do Conde", e constando na lista anexa "a estante do coro de baixo". A delapidação do convento gerou acesa controvérsia nos periódicos da época, sendo publicada a lista das peças no jornal "O Primeiro de Janeiro" do dia 29 de Fevereiro de 1903, onde consta "uma estante coral de ébano". Numa imagem publicada na Illustração Villacondense (2º ano, n.º 24, Dez. 1911), é visível a estante do coro de cima de Igreja de Santa Clara, sendo referido que a peça dera entrada no Museu Municipal do Porto. No inventário parcial do Museu Municipal do Porto, datado de Fevereiro de 1920, Inventário de Escultura, Pintura, Mobiliário, Obra de Talha, consta na secção de mobiliário antigo, com o n.º 46, a "Estante coral grande com ornamentações metálicas, que pertenceu ao extinto Convento de Santa Clara de Vila do Conde" . A peça foi incluída no inventário geral do Museu Municipal do Porto de 1938-39, cujo acervo foi depositado no Museu Nacional de Soares dos Reis em 1940-41, conforme o disposto no Decreto-Lei 27/879 de 21 de Julho de 1937.
 
     
     
   
     
     
     
 
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