Origem / Historial:
Luís Cipriano Coelho de Magalhães (1859-1935) foi jornalista, escritor, poeta e político.
Licenciado em Direito na Universidade de Coimbra, é um dos fundadores da Revista Científica e Literária de Coimbra (1880) com António Feijó. Foi Tribuno da Monarquia Constitucional e Governador Civil de Aveiro, deputado entre 1897-99. Em 1906, foi nomeado Ministro dos Negócios Estrangeiros, do Governo de João Franco.
Amigo dos grandes nomes da Geração de 70, segue a corrente do Realismo, salientando-se o romance “O Brasileiro Soares” (1886), com prefácio de Eça de Queirós.
Esta caricatura fazia parte da coleção do Dr. Joaquim Manso, fundador e diretor do jornal "Diário de Lisboa". Foi publicada neste periódico a 6 setembro de 1924, acompanhando o artigo escrito pelo retratado e intitulado “Aspectos morais. A doçura do carácter açoreano vem revelar-nos que as velhas virtudes portuguezas não estão extintas”. Este foi um número dedicado à viagem de estudo realizada em junho de 1924 aos Açores, por artistas, escritores e intelectuais, a convite do jornal "Correio dos Açores", para visitar o arquipélago e celebrar o nome de Antero de Quental. Foram realizadas várias conferências e leituras, nomeadamente pelo Conde de Nova Goa (D. Luís de Castro), Dr. Armindo Monteiro, Antero de Figueiredo, Dr. Agnelo Casimiro, Dr. Luís de Bettencourt, Dr. Luís de Magalhães, Oldemiro Cesar, entre outros. Da comitiva fazia também parte o Dr. José Leite de Vasconcelos. O Dr. Joaquim Manso pronunciou o discurso de despedida. Várias caricaturas realizadas pelo artista Armando Boaventura, que também integrou o grupo de estudo, faziam parte da coleção do Dr. Joaquim Manso, tendo algumas sido publicadas naquele número do "Diário de Lisboa".