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FICHA DE INVENTÁRIO
Museu:
Museu Dr. Joaquim Manso
N.º de Inventário:
41 Des.
Supercategoria:
Arte
Categoria:
Desenho
Título:
Retrato de Joaquim da Rita
Local de Execução:
Nazaré - Portugal
Datação:
XX d.C.
Suporte:
Papel cavalinho
Técnica:
Carvão
Dimensões (cm):
altura: 53; largura: 40;
Descrição:
Retrato a carvão representando o busto de Joaquim Bernardo Sousa Lobo, vulgarmente conhecido por "Joaquim da Rita" (1854-1939), cabo de mar na Nazaré de 1893 a 1914. Apresenta trajo próprio de Cabo de Mar ostentando várias condecorações que lhe foram atribuídas pelo governo de então. Encaixilhado em moldura de madeira pintada de branco.
Incorporação:
Doação - Doado pelo autor, António Vitorino Laranjo.
Origem / Historial:
Mais conhecido por "Joaquim da Rita", Joaquim Bernardo de Sousa Lobo nasceu em Lisboa, em 15 de Fevereiro de 1854, e faleceu na Nazaré com 85 anos de idade, em 21 de Janeiro de 1939. Desde cedo, manifestou grande inclinação pela vida do mar, que iniciou apenas com 14 anos, realizando a sua primeira viagem na nossa costa. Dois anos mais tarde, embora como moço no patacho "Fausto", rumou ao Brasil, o que fez durante 15 anos seguidos, ocupando todos os cargos de bordo, desde moço a mestre. Com esta função, num barco à vela, naufragou na costa do Rio de Janeiro, tendo sido salvo por outra embarcação. Fixando-se, então, definitivamente na Nazaré, tornou-se pescador, participando em duas campanhas de pesca do bacalhau nos bancos da Terra Nova. Dotado de forte personalidade, dizia sentir-se bem nas tormentas. Quando as havia era o primeiro a aparecer, demonstrando sempre grande serenidade e coragem. Deste modo, logo granjeou grande admiração e prestígio entre a classe piscatória da região, pois, de uma forma ou outra, lhe deviam ou a própria vida ou a de qualquer familiar. Em 28 de Janeiro de 1893, foi nomeado cabo de mar da Capitania do Porto da Nazaré, cargo que manteve até 1914, chegando a ocupar simultaneamente as funções de regedor e zelador da Câmara. Muitos foram os naufrágios em que tomou parte e, em vários, pondo em risco a própria vida, nomeadamente nos do barco das "Sabinas", na barca norueguesa "Undine" e noutras embarcações de pesca, em 1898, 1901 e 1902. Mas foi, sobretudo, como "patrão" da Barca Salva-Vidas Nossa Senhora dos Aflitos, que hoje também faz parte do acervo do Museu da Nazaré, que praticou salvamentos e actos de verdadeiro heroísmo que lhe mereceram por parte do Instituto de Socorros a Náufragos várias condecorações (2 medalhas de ouro, 8 de prata, 5 de cobre, 1 diploma de honra) e, em 28 de Janeiro de 1907, na Assembleia Geral daquela instituição, a Rainha D. Amélia colocou-lhe o colar de Cavaleiro da Ordem da Torre e Espada, distinção que lhe foi concedida pelo Governo. O seu nome nome foi dado a uma rua da Nazaré e o seu busto em bronze faz parte do Museu Dr. Joaquim Manso.
 
     
     
   
     
     
     
 
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