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FICHA DE INVENTÁRIO
Museu:
Museu Dr. Joaquim Manso
N.º de Inventário:
11 Esc.
Supercategoria:
Arte
Categoria:
Escultura
Título:
Inverno
Datação:
XX d.C.
Matéria:
Barro
Dimensões (cm):
altura: 34,6;
Descrição:
Homem de pé com chapéu na cabeça e um chapéu de chuva debaixo do braço. Está encostado a um tronco.
Incorporação:
Doação - Oferta do autor (peça pertencente ao espólio de Eurico Castro e Silva)
Origem / Historial:
Escultura realizada por Eurico de Castro e Silva (associado à criação do Museu Dr. Joaquim Manso), representando a figura típica de um homem que todos os anos vinha à Nazaré e cuja presença era associada ao Inverno. O "Inverno" era uma figura de carácter enigmático, bem conhecida na Nazaré, embora sejam escassos dados concretos sobre a sua biografia. Supõe-se que o seu nome próprio seria José Janardo e indica-se como possível proveniência várias regiões estremenhas ou ribatejanas, registando-se referências a Alenquer, Cartaxo, Santarém, Serro Ventoso, Vermelha (Cadaval). Na Nazaré, muitos se lembram ainda do "Inverno" que, anualmente e durante cerca de quarenta anos, vinha regularmente a esta vila, trajando casaco largo e comprido, calças de cotim, chapéu enterrado na cabeça, botas cardadas e o seu inseparável chapéu de chuva. Chegava em Setembro, por altura das "Festas", e com ele quantas vezes o mau tempo. Esse facto e, sobretudo por nunca abandonar o velho chapéu-de-chuva, fundamentam a alcunha por que é identificado. Magro, esquálido, de rosto encovado e melancólico, olhos escuros, fixos e prescrutadores, gastava os seus dias vagarosamente, em atitude introvertida e alheada, deambulando "p'ra norte e p'ra sul", ou sentado nos típicos bancos da Praça Sousa Oliveira e também aí abrigado pelo chapéu de chuva. Em 1985, segundo investigação realizada pelo Museu, dizia-se: "José Janarda, há cerca de quinze anos deixou de ser visto nesta vila, onde vinha a banhos provavelmente na busca da cura de alguma maleita". (Museu Dr. Joaquim Manso, 1985).
 
     
     
   
     
     
     
 
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