Origem / Historial:
Barca denominada "Mimosa", com o registo N 642 V. Destinava-se ao serviço das "Armações Valencianas", sistema complexo de captura de pescado, nomeadamente da sardinha, que exigia pelo menos quatro embarcações no mar, estrategicamente colocadas. A armação permanecia no mar o Verão todo, até Setembro. A “Mimosa” pertencia à armação denominada “Juncal”.
Navegava a remos (três de cada lado) e a sua tripulação constava de 1 arrais, 16 companheiros e 1 moço.
Segundo informações orais, também foi utilizada na pesca do "cerco americano" (Galeão).
Esta embarcação foi registada na Capitania do Porto da Nazaré, pelo seu proprietário Cândido Rodrigues e Compª - Filhos, em 19 de Julho de 1912, na presença de António Gomes Branco Martins, capitão tenente da Armada e Capitão do Porto de Nazaré, e de Manuel Remigio, escrivão da mesma capitania, destinada a "serviço de armação valenciana". Fora comprada ao construtor naval António do Carmo Oliveira, no dia 15 de Julho de 1912, pela quantia de 170 mil réis (cf. Registo de propriedade).
Em 1980, foi doada ao Museu Dr. Joaquim Manso pela família de Cândido Rosa Rodrigues, armadores na Nazaré durante largos anos. Antes da sua doação já se encontrava guardada "Há bastante tempo, numa dependência do estaleiro do construtor naval e calafate Senhor Fernando", na estrada da Foz (cf. "Relatório de Remoção duma barca de galeão, a "Mimosa", de grande calado, de 1910, trabalho efectuado pela Empresa da especialidade, Transgrua, Lda. de Lisboa", de 11 Agosto 1980, Arquivo do Museu Dr. Joaquim Manso).
A partir de Agosto de 1980, foi colocada no areal da praia.