|
FICHA DE INVENTÁRIO
Museu: Museu Nacional de Arte Antiga N.º de Inventário: 13/55v. Ilum Denominação: Livro de Horas Título: S. Leão Magno, Papa Autor: Oficina de Simon Bening Oficina / Fabricante: Oficina de Simão Bening Datação: 1530 d.C. - 1534 d.C. Técnica: Pintura a têmpera e ouro Dimensões (cm): altura: 13,3; largura: 9,8; Descrição: Fólio 55 verso.
Neste fólio a iluminura é dedicada a S. Leão Magno, Papa.
A iluminura tem um enquadramento à maneira de moldura em tons de castanho e dourado.
Na composição principal, com o mesmo enquadramento, é representado S. Leão Magno. O santo veste uma dalmática vermelha e uma capa da mesma cor, mas cuja barra é dourada, com incrustações de pérolas. O firmal flordelizado tem pérolas e uma safira, ao centro. Na cabeça tem a tiara papal e na mão esquerda segura uma cruz tríplice. À sua direita, um jardim com uma cerca, sobre a qual poisa um pavão. E ao fundo, vê-se uma igreja.
A tarja que envolve a iluminura apresenta uma decoração arquitectónica gótica flamejante. Este enquadramento é pintado em tons de castanho e dourado a imitar o metal. Na tarja esquerda, em cima, uma escultura num nicho. A meio da tarja, S. Leão é representado a abençoar um crucifixo. No bas-de-page, no interior de um edifício religioso, o papa dá a comunhão. Atrás do dele, sobre o altar assenta um missal numa estante.
Incorporação: Transferência - Palácio das Necessidades
Origem / Historial: Este Livro de Horas é tradicionalmente atribuído à Oficina de Simão de Bening. Esta atribuição resulta dos estudos comparativos com outras obras realizadas por este iluminador, como o Breviário de Grimani (Biblioteca Marciana, Veneza).
Quanto ao destinatário, alguns estudiosos relacionam este códice como uma oferta de Damião de Góis a D. Catarina, e outros como pertencente ao infante D. Fernando. Ambas as posições podem ser contestadas pela representação das Armas Reais Portuguesas no fólio 1v. Dagoberto Markl avança com a hipótese de se tratar de uma encomenda do próprio rei, D. João III.
Segundo a inscrição no fólio 1v., a actual encadernação foi feita em Paris, em 1755.
Este Livro de Horas, pertencente às Colecções Reais, foi transferido para o Museu Nacional de Arte Antiga, proveniente do Palácio das Necessidades, no arrolamento dos bens reais.
Bibliografia | SANTOS, Reynaldo dos - "Iluminura Manuelina" in Oito Séculos de Arte Portuguesa - História e Espírito, vol. III. Lisboa: Empresa Nacional de Publicidad, 1970, pág. - | BEAUMONT, Maria Alice - "Livro de Horas" in Observador, nº64. Lisboa: 5.5.1972, pág. - | GUSMÃO, Adriano de - "Século XVI Iluminura " Cap. Os Primitivos e a Renascença in Arte Portuguesa/Pintura,vol. publicado sobre a direcção de João Barreira. Lisboa: Excelcior, s/d, pág. - | DIAS, Pedro; SERRÃO, Vítor - "A Pintura, a Iluminura e a Gravura dos Primeiros Tempos do Século XVI", in História da Arte em Portugal, vol. 5 - "O Manuelino". Lisboa: Alfa, 1986, pág. - | |
|
|