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FICHA DE INVENTÁRIO
Museu:
Museu Nacional de Arte Antiga
N.º de Inventário:
14/286v. Ilum
Supercategoria:
Arte
Categoria:
Pintura
Denominação:
Livro de Horas
Título:
Sta. Maria Madalena
Autor:
António de Holanda, atribuído a
Datação:
1517 d.C. - 1551 d.C.
Suporte:
Pergaminho
Técnica:
Pintura a têmpera e ouro
Dimensões (cm):
altura: 14, 2; largura: 10, 8;
Descrição:
Fólio 286 verso. Iluminura incluída na oração a Santa Maria Madalena. A iluminura tem um enquadramento à maneira de moldura em tons de castanho e dourado. Este enquadramento forma um segundo quadro, onde está inserido o início da oração. No quadro principal, uma sala serve de cenário à refeição em casa de Simão, o Fariseu. A sala tem ao fundo uma janela, um escaparate com duas garrafas e um espelho que parece reflectir a cena representada. Na mesa estão um prato e uma taça. E à roda deste móvel três pessoas, sendo uma delas é Cristo. Aproxima-se delas um criado que traz mais alimentos. À frente de Cristo e de joelhos, Maria Madalena prepara-se para lhe ungir os pés, tendo para o efeito uma taça branca à sua frente. O texto da oração é marcado por linhas a sanguínea. É escrito com uma letra regular, em caracteres góticos e em latim, a tinta preta e vermelha. Apresenta uma inicial iluminada a dourado sobre um fundo azul escuro com uma decoração vegetalista a ouro. A tarja envolvente do quadro principal faz toda ela parte de um conjunto, onde estão representados dois momentos da vida de Maria Madalena. Na tarja de baixo, a santa apresenta-se isolada no deserto, e os seus cabelos são a sua única veste. Ao seu lado figura a boceta com uma unção e ela está de joelhos a rezar perante um crucifixo colocado num altar escavado na rocha. À esquerda junto da abertura de uma gruta, estão representados lírios amarelos e roxos. Na tarja da esquerda, o corpo de Maria Madalena é elevada aos céus por quatro anjos. Na tarja superior, está representada a pomba do Espírito Santo.
Incorporação:
Transferência - Proveniente do Palácio das Necessidades
Origem / Historial:
A execução do Livro de Horas dito de D. Manuel prolongou-se por vários anos. Segundo o texto do fólio 1, ter-se-á iniciado em 1517, mas provavelmente só terá sido concluído após 1551, ano em que se procedeu à trasladação dos restos mortais do rei D. Manuel I, para o Mosteiro dos Jerónimos, durante o reinado de D. João III (Moura, 1999). Estudos mais recentes revelam a hipótese deste livro ter sido encomendado por Damião de Góis ao iluminador António de Holanda, residente, na época, em Portugal (Moura, 1999). Apesar da influência Ganto-Brugense, o Livro de Horas dito de D. Manuel caracteriza-se por uma iconografia com elementos portugueses que lhe confere originalidade relativamente a outros códices da mesma escola (Markl, 1983). Este Livro de Horas pertenceu às Colecções Reais, sabendo-se que esteve na posse de D. Fernando Saxe-Coburgo. Foi transferido do Palácio das Necessidades para o Museu Nacional de Arte Antiga, em 1915, no arrolamento dos bens reais.
 
     
     
   
     
     
     
 
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