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FICHA DE INVENTÁRIO
Museu:
Museu Nacional de Arte Antiga
N.º de Inventário:
14/268v. Ilum
Supercategoria:
Arte
Categoria:
Pintura
Denominação:
Livro de Horas
Título:
S. Bartolomeu
Autor:
António de Holanda, atribuído a
Datação:
1517 d.C. - 1551 d.C.
Suporte:
Pergaminho
Técnica:
Pintura a têmpera e ouro
Dimensões (cm):
altura: 14, 2; largura: 10, 8;
Descrição:
Fólio 268 verso. Iluminura que antecede a oração de S. Bartolomeu. A iluminura tem enquadramento à maneira moldura, em tons de castanho e dourado, com um envolvimento arquitectónico gótico no topo. Este enquadramento forma um segundo quadro, onde está inserido o início do texto da oração. Na iluminura principal assistimos ao martírio de S. Bartolomeu. O mártir deitado sobre um prancha de madeira é esfolado pelo carrasco que segura uma faca com a boca. Atrás destes, está representada a coluna, onde ainda se vê pregada a mão arrancada do santo e, pendentes, as grilhetas que o acorrentaram. À esquerda várias pessoas assistem ao martírio, podendo ver-se ao fundo alguns edíficios. O texto da oração é marcado por linhas a sanguínea e escrito com uma letra regular, com caracteres góticos e em latim a tinta vermelha e preta. Apresenta uma inicial iluminada a dourado sobre um fundo rectangular, em tons de castanho, e com uma decoração vegetalista a ouro. Nas tarjas, um templo, com uma torre sineira, que ainda está em construção como se pode ver pelo guindaste. O templo apresenta características românicas, com arcos de volta perfeita no pórtico e poderosos contrafortes. À esquerda, pela porta da igreja consegue-se vislumbrar um altar, para o qual se encaminha o santo. Na tarja inferior, S. Bartolomeu livra a filha do soberano arménio do demónio, que se apresenta à esquerda da jovem, envolto numa nuvem negra. Várias pessoas assistem a este acontecimento. Na tarja superior, por entre as nuvens, aparece uma luz dourada no céu, através da qual surge a pomba do Espírito Santo, como que a presenciar as várias cenas que ocorrem em toda a iluminura.
Incorporação:
Transferência - Proveniente do Palácio das Necessidades
Origem / Historial:
A execução do Livro de Horas dito de D. Manuel prolongou-se por vários anos. Segundo o texto do fólio 1, ter-se-á iniciado em 1517, mas provavelmente só terá sido concluído após 1551, ano em que se procedeu à trasladação dos restos mortais do rei D. Manuel I, para o Mosteiro dos Jerónimos, durante o reinado de D. João III (Moura, 1999). Estudos mais recentes revelam a hipótese deste livro ter sido encomendado por Damião de Góis ao iluminador António de Holanda, residente, na época, em Portugal (Moura, 1999). Apesar da influência Ganto-Brugense, o Livro de Horas dito de D. Manuel caracteriza-se por uma iconografia com elementos portugueses que lhe confere originalidade relativamente a outros códices da mesma escola (Markl, 1983). Este Livro de Horas pertenceu às Colecções Reais, sabendo-se que esteve na posse de D. Fernando Saxe-Coburgo. Foi transferido do Palácio das Necessidades para o Museu Nacional de Arte Antiga, em 1915, no arrolamento dos bens reais.
 
     
     
   
     
     
     
 
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