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FICHA DE INVENTÁRIO
Museu:
Museu Nacional de Arte Antiga
N.º de Inventário:
14/109v. Ilum
Supercategoria:
Arte
Categoria:
Pintura
Denominação:
Livro de Horas
Título:
Horas da Virgem - Matança dos Inocentes
Autor:
António de Holanda, atribuído a
Datação:
1517 d.C. - 1551 d.C.
Suporte:
Pergaminho
Técnica:
Pintura a têmpera e ouro
Dimensões (cm):
altura: 14, 2; largura: 10, 8;
Descrição:
Fólio 109 verso. Neste fólio a iluminura, incluída nas Horas da Virgem, de forma rectangular, ocupa praticamente toda a página do livro. Esta possui um enquadramento à maneira de moldura, em tons de castanho e dourado, com um envolvimento arquitectónico gótico no topo em ambas as tarjas. Este enquadramento forma um segundo quadro, onde é representada a Matança dos Inocentes, fazendo este momento parte das orações diárias Completas. A cena principal desenrola-se num acampamento, onde apenas se encontram mulheres e crianças recém-nascidas. No primeiro plano, um guerreiro eleva a sua espada para matar a criança que segura pela perna. Perante esta situação, as mães apresentam nos seus rostos expressões de grande sofrimento. Ao fundo, à esquerda, José, Maria e Jesus fogem para o Egipto. Nas tarjas desenrolam-se cenas do Antigo Testamento. À esquerda está representada uma enorme Torre de Babel. Nas suas rampas circulam homens e animais; vêem-se andaimes e outras estruturas. Em cima, Deus-Pai impede a execução da Torre. À direita e na tarja inferior, está representado o Dilúvio. Tendo como cenário de fundo um céu cinzento e chuvoso, a Arca de Noé afasta-se deste local, à direita. No entanto, por entre as nuvens escuras saem raios de luz. Em baixo, várias pessoas tentam subir para as pequenas ilhas que se vão formando e agarram-se aos troncos que aí existem. Arrastados pela força das águas, conseguem-se ver alguns animais.
Incorporação:
Transferência - Proveniente do Palácio das Necessidades
Origem / Historial:
A execução do Livro de Horas dito de D. Manuel prolongou-se por vários anos. Segundo o texto do fólio 1, ter-se-á iniciado em 1517, mas provavelmente só terá sido concluído após 1551, ano em que se procedeu à trasladação dos restos mortais do rei D. Manuel I, para o Mosteiro dos Jerónimos, durante o reinado de D. João III (Moura, 1999). Estudos mais recentes revelam a hipótese deste livro ter sido encomendado por Damião de Góis ao iluminador António de Holanda, residente, na época, em Portugal (Moura, 1999). Apesar da influência Ganto-Brugense, o Livro de Horas dito de D. Manuel caracteriza-se por uma iconografia com elementos portugueses que lhe confere originalidade relativamente a outros códices da mesma escola (Markl, 1983). Este Livro de Horas pertenceu às Colecções Reais, sabendo-se que esteve na posse de D. Fernando Saxe-Coburgo. Foi transferido do Palácio das Necessidades para o Museu Nacional de Arte Antiga, em 1915, no arrolamento dos bens reais.
 
     
     
   
     
     
     
 
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