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FICHA DE INVENTÁRIO
Museu:
Museu Nacional de Arte Antiga
N.º de Inventário:
14/87v. Ilum
Supercategoria:
Arte
Categoria:
Pintura
Denominação:
Livro de Horas
Título:
Horas da Virgem - Adoração dos Magos
Autor:
António de Holanda, atribuído a
Datação:
1517 d.C. - 1551 d.C.
Suporte:
Pergaminho
Técnica:
Pintura a têmpera e ouro
Dimensões (cm):
altura: 14, 2; largura: 10, 8;
Descrição:
Fólio 87 verso. Neste fólio a iluminura, incluída nas Horas da Virgem, ocupa praticamente toda a página do livro. O quadro principal tem um enquadramento à maneira de moldura em tons de castanho e dourado. Nele é representada a Adoração dos Reis Magos que pertence às orações diárias Sextas. Ao centro, Maria está sentada junto do Menino que dorme sobre o seu manto, enquanto José se mantém ao seu lado de joelhos. À direita, e um pouco mais atrás, vê-se a vaca e o burro. E à frente da Sagrada Família encontram-se de joelhos os três Reis Magos. Um deles tem a pele mais escura e um outro segura na mão uma peça de ourivesaria. Atrás deles podemos ver o numeroso séquito que acompanhou os magos. Um deles, é negro e veste-se como um africano, segurando na mão um escudo. Um outro trajando com um turbante traz à sua cintura um sabre pendurado. Junto a este grupo está um rafeiro. O edifício que alberga a Sagrada Família está em ruínas. Ao longe e do lado esquerdo, poderemos ver um grupo enorme de pessoas e de animais dos quais se poderão distinguir camelos e elefantes. Nas tarjas podem observar-se vários aglomerados de moedas portuguesas e espanholas, pérolas e pedras preciosas. As moedas representadas são em ouro, prata e cobre. E representam os reinados de D. Afonso V, D. João II, D. Manuel I e D. João III. Sabe-se que o grupo que se encontra em baixo e ao centro tiveram a sua cunhagem proíbida em 1538 (António M. Trigueiros). Em duas moedas, na tarja da esquerda, encontram-se gravadas as efígies dos monarcas Católicos, D. Fernando e D. Isabel.
Incorporação:
Transferência - Proveniente do Palácio das Necessidades
Origem / Historial:
A execução do Livro de Horas dito de D. Manuel prolongou-se por vários anos. Segundo o texto do fólio 1, ter-se-á iniciado em 1517, mas provavelmente só terá sido concluído após 1551, ano em que se procedeu à trasladação dos restos mortais do rei D. Manuel I, para o Mosteiro dos Jerónimos, durante o reinado de D. João III (Moura, 1999). Estudos mais recentes revelam a hipótese deste livro ter sido encomendado por Damião de Góis ao iluminador António de Holanda, residente, na época, em Portugal (Moura, 1999). Apesar da influência Ganto-Brugense, o Livro de Horas dito de D. Manuel caracteriza-se por uma iconografia com elementos portugueses que lhe confere originalidade relativamente a outros códices da mesma escola (Markl, 1983). Este Livro de Horas pertenceu às Colecções Reais, sabendo-se que esteve na posse de D. Fernando Saxe-Coburgo. Foi transferido do Palácio das Necessidades para o Museu Nacional de Arte Antiga, em 1915, no arrolamento dos bens reais.
 
     
     
   
     
     
     
 
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