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FICHA DE INVENTÁRIO
Museu:
Museu Nacional de Arte Antiga
N.º de Inventário:
14/28 Ilum
Supercategoria:
Arte
Categoria:
Pintura
Denominação:
Livro de Horas
Título:
Horas da Virgem
Autor:
António de Holanda, atribuído a
Datação:
1517 d.C. - 1551 d.C.
Suporte:
Pergaminho
Técnica:
Pintura a têmpera e ouro
Dimensões (cm):
altura: 14, 2; largura: 10, 8;
Descrição:
Fólio 28. Neste fólio a iluminura ocupa praticamente toda a folha do livro. A letra capital fitomórfica é pintada de azul sobre um fundo quadrangular castanho claro. No seu interior, vê-se Santa Ana sentada num murete acompanhada por um pavão. A mãe da Virgem segura um livro no colo e sobre o seu ventre nota-se uma forte luz que deve envolver a representação da Virgem Maria. Ao fundo um vasto casario circunda um largo por onde passam algumas pessoas. Uma das casas parece ser um palácio dado o grande torreão que possui. No céu, por entre as nuvens, abre-se um espaço com uma luz muito forte, numa alusão a Deus-Pai. A tarja envolvente da iluminura é executada em tons de castanho e dourado e tem uma decoração com elementos arquitectónicos do gótico flamejante. Dispõem-se ao longo da tarja nove nichos, onde estão representados os profetas. Destacando-se, à esquerda, Moisés com as tábuas da lei e à direita o rei David dedilhando a sua harpa. Na tarja inferior, podem observar-se duas cenas do Antigo Testamento: à esquerda, Moisés e a sarça ardente e à direita o sonho de Jacob. O texto, com letra regular gótica, é escrito em latim a tinta preta e vermelha, destacando-se três letras iluminadas.
Incorporação:
Transferência - Proveniente do Palácio das Necessidades
Origem / Historial:
A execução do Livro de Horas dito de D. Manuel prolongou-se por vários anos. Segundo o texto do fólio 1, ter-se-á iniciado em 1517, mas provavelmente só terá sido concluído após 1551, ano em que se procedeu à trasladação dos restos mortais do rei D. Manuel I, para o Mosteiro dos Jerónimos, durante o reinado de D. João III (Moura, 1999). Estudos mais recentes revelam a hipótese deste livro ter sido encomendado por Damião de Góis ao iluminador António de Holanda, residente, na época, em Portugal (Moura, 1999). Apesar da influência Ganto-Brugense, o Livro de Horas dito de D. Manuel caracteriza-se por uma iconografia com elementos portugueses que lhe confere originalidade relativamente a outros códices da mesma escola (Markl, 1983). Este Livro de Horas pertenceu às Colecções Reais, sabendo-se que esteve na posse de D. Fernando Saxe-Coburgo. Foi transferido do Palácio das Necessidades para o Museu Nacional de Arte Antiga, em 1915, no arrolamento dos bens reais.
 
     
     
   
     
     
     
 
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