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FICHA DE INVENTÁRIO
Museu:
Museu Nacional de Arte Antiga
N.º de Inventário:
14/22v. Ilum
Supercategoria:
Arte
Categoria:
Pintura
Denominação:
Livro de Horas
Título:
Calendário (mês de Dezembro)
Autor:
António de Holanda, atribuído a
Datação:
1517 d.C. - 1551 d.C.
Suporte:
Pergaminho
Técnica:
Pintura a têmpera e ouro
Dimensões (cm):
altura: 14, 2; largura: 10, 8;
Descrição:
Fólio 22 verso. Neste fólio está representada iluminura do mês de Dezembro. Esta apresenta uma forma rectangular e ocupa praticamente toda a folha do livro. Tem um enquadramento à maneira de moldura em tons de castanho e dourado. Este enquadramento forma um segundo quadro dividido em dois campos. No primeiro, é representada a cena principal, onde assistimos à matança de um porco por dois homens, perto de uma casa coberta de colmo. Um deles tem ainda a faca espetada no animal, do qual sai sangue para uma tina. À esquerda, uma mulher mexe num alguidar e outra, à direita, junto de uma mesa tem perto de si uma grande faca, provavelmente para esquartejar o animal. Um pouco mais ao longe e à direita, uma outra mulher parece dirigir-se para a cena principal, com um molho de lenha à cabeça. Ao fundo, observam-se algumas casas cobertas de colmo e um carro de bois. No campo seguinte, inicia-se a representação do calendário do mês de Dezembro. Este espaço destinado ao texto é definido por linhas horizontais e verticais, a sanguínea, formando uma tabela com três colunas. Estas são preenchidas pelo: número áureo, letra dominical e pelos dias dos santos ou das festividades litúrgicas. Na coluna das letras, a letra "A", é iluminada e inscrita num fundo quadrangular decorado com motivos vegetalistas no interior. A inicial fitomórfica é pintada em tons de castanho e dourado sobre um fundo quadrangular branco. O texto com uma letra regular é escrito em latim com caracteres góticos, a vermelho e preto. Na tarja da direita, podemos ver várias árvores e muitos pássaros a voar no céu. Na tarja da esquerda, ao fundo, dois homens caçam montados a cavalo. No céu um falcão ataca uma garça e outro falcão em pleno vôo dirige-se a este grupo de aves. Na tarja inferior, um homem, à esquerda, toca a sua trompa anunciando o fim da caçada e chamando os outros companheiros. Ao centro, uma matilha ataca um javali já dominado por um dos batedores. Esta cena desenrola-se perto de um grande sobreiro, ao qual já foi retirada a cortiça.
Incorporação:
Transferência - Proveniente do Palácio das Necessidades
Origem / Historial:
A execução do Livro de Horas dito de D. Manuel prolongou-se por vários anos. Segundo o texto do fólio 1, ter-se-á iniciado em 1517, mas provavelmente só terá sido concluído após 1551, ano em que se procedeu à trasladação dos restos mortais do rei D. Manuel I, para o Mosteiro dos Jerónimos, durante o reinado de D. João III (Moura, 1999). Estudos mais recentes revelam a hipótese deste livro ter sido encomendado por Damião de Góis ao iluminador António de Holanda, residente, na época, em Portugal (Moura, 1999). Apesar da influência Ganto-Brugense, o Livro de Horas dito de D. Manuel caracteriza-se por uma iconografia com elementos portugueses que lhe confere originalidade relativamente a outros códices da mesma escola (Markl, 1983). Este Livro de Horas pertenceu às Colecções Reais, sabendo-se que esteve na posse de D. Fernando Saxe-Coburgo. Foi transferido do Palácio das Necessidades para o Museu Nacional de Arte Antiga, em 1915, no arrolamento dos bens reais.
 
     
     
   
     
     
     
 
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