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FICHA DE INVENTÁRIO
Museu:
Museu Nacional de Arte Antiga
N.º de Inventário:
14/17v. Ilum
Supercategoria:
Arte
Categoria:
Pintura
Denominação:
Livro de Horas
Título:
Calendário (mês de Setembro)
Autor:
António de Holanda, atribuído a
Datação:
1517 d.C. - 1551 d.C.
Suporte:
Pergaminho
Técnica:
Pintura a têmpera e ouro
Dimensões (cm):
altura: 14, 2; largura: 10, 8;
Descrição:
Fólio 17 verso. Iluminura dedicada ao mês de Setembro. Neste fólio a iluminura tem uma forma rectangular e ocupa praticamente toda a folha do livro. Esta tem um enquadramento à maneira de moldura em tons de castanho e dourado, com um envolvimento arquitectónico gótico no topo. Este enquadramento forma um segundo quadro dividido em três campos. O primeiro é definido por linhas a sanguínea de modo a formar uma tabela com três colunas. Estas são preenchidas pelo: número áureo, letra dominical e pelos dias dos santos ou das festividades litúrgicas. Na coluna das letras, a letra "A", é iluminada a dourado sobre um fundo quadrangular azul escuro decorado com motivos vegetalistas. O texto, com letra regular, é escrito em latim, com caracteres góticos a vermelho e preto. No quadro principal, a representação das vindimas prolonga-se nas tarjas direita e esquerda. Nesta cena várias mulheres cortam cachos de uva para os cestos, enquanto os homens os transportam para outro local. No campo seguinte, inicia-se a representação do calendário do mês de Setembro. Este espaço é definido por linhas a sanguínea. Apresenta uma inicial fitomórfica pintada em tons de castanho e dourado sobre um fundo quadrangular amarelo. O texto do calendário é escrito em latim a tinta vermelha, com caracteres góticos. Em ambas as tarjas, se desenrolam tarefas associadas às vindimas. Na da direita, um homem alinha, ao fundo, vários tonéis. Na tarja inferior, à esquerda um homem pisa uvas numa dorna, enquanto um tanoeiro ultima um tonel. Ao centro, dois homens transportam cestos carregados de uvas para o lagar do lado direito. Na tarja da esquerda, um carro puxado por bois transporta cachos de uvas.
Incorporação:
Transferência - Proveniente do Palácio das Necessidades
Origem / Historial:
A execução do Livro de Horas dito de D. Manuel prolongou-se por vários anos. Segundo o texto do fólio 1, ter-se-á iniciado em 1517, mas provavelmente só terá sido concluído após 1551, ano em que se procedeu à trasladação dos restos mortais do rei D. Manuel I, para o Mosteiro dos Jerónimos, durante o reinado de D. João III (Moura, 1999). Estudos mais recentes revelam a hipótese deste livro ter sido encomendado por Damião de Góis ao iluminador António de Holanda, residente, na época, em Portugal (Moura, 1999). Apesar da influência Ganto-Brugense, o Livro de Horas dito de D. Manuel caracteriza-se por uma iconografia com elementos portugueses que lhe confere originalidade relativamente a outros códices da mesma escola (Markl, 1983). Este Livro de Horas pertenceu às Colecções Reais, sabendo-se que esteve na posse de D. Fernando Saxe-Coburgo. Foi transferido do Palácio das Necessidades para o Museu Nacional de Arte Antiga, em 1915, no arrolamento dos bens reais.
 
     
     
   
     
     
     
 
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