MatrizNet

 
Logo MatrizNet Contactos  separador  Ajuda  separador  Links  separador  Mapa do Site
 
terça-feira, 23 de abril de 2024    APRESENTAÇÃO    PESQUISA ORIENTADA    PESQUISA AVANÇADA    EXPOSIÇÕES ONLINE    NORMAS DE INVENTÁRIO 

Animação Imagens

Get Adobe Flash player

 


 
     
     
 
FICHA DE INVENTÁRIO
Museu:
Museu Nacional de Arte Antiga
N.º de Inventário:
14/13 Ilum
Supercategoria:
Arte
Categoria:
Pintura
Denominação:
Livro de Horas
Título:
Calendário (mês de Junho)
Autor:
António de Holanda, atribuído a
Datação:
1517 d.C. - 1551 d.C.
Suporte:
Pergaminho
Técnica:
Pintura a têmpera e ouro
Dimensões (cm):
altura: 14, 2; largura: 10, 8;
Descrição:
Fólio 13. Iluminura dedicada ao mês de Junho. Neste fólio, a iluminura de forma rectangular ocupa praticamente toda a folha do livro. Esta tem um enquadramento à maneira de moldura em tons de vermelho e dourado com um envolvimento arquitectónico gótico no topo. Este enquadramento forma um segundo quadro dividido em dois campos. No primeiro domina um grande castelo. No fosso que o circunda deslizam cisnes na água e sobre esta, uma ponte dá acesso ao grande edifício. Ao longe, e à direita, vislumbra-se uma cidade, destacando-se a torre gótica da catedral. No campo seguinte, é representado o calendário do mês de Junho. Apresentando este, uma inicial fitomórfica em tons de castanho e amarelo, que projecta a sua sombra sobre um fundo quadrangular verde. Este espaço é, ainda, definido por linhas a sanguínea de modo a formar uma tabela com três colunas. Estas são preenchidas pelo: número áureo, letra dominical e pelos dias dos santos ou das festividades litúrgicas. O texto é escrito em latim com caracteres góticos regulares, a vermelho e preto. Nas tarjas sob um céu azul, embrulhado numa neblina, ocorrem duas cenas: uma de ceifa e outra de sementeira. Na tarja da direita predomina uma grande árvore, e um camponês semeia o campo, enquanto várias aves voam à sua volta, na tentativa de comer alguma semente. Mais ao fundo, duas pessoas deslocam-se através de um campo agrícola. Na tarja inferior, três homens dedicam-se à ceifa do trigo, arranjando-o em molhos, enquanto outro sacia a sede por um cantil. À direita, por entre um aglomerado rochoso, uma nascente brota água. Na tarja da esquerda, mantém-se a representação de actividades agrícolas e ao fundo, destacam-se algumas choupanas.
Incorporação:
Transferência - Proveniente do Palácio das Necessidades
Origem / Historial:
A execução do Livro de Horas dito de D. Manuel prolongou-se por vários anos. Segundo o texto do fólio 1, ter-se-á iniciado em 1517, mas provavelmente só terá sido concluído após 1551, ano em que se procedeu à trasladação dos restos mortais do rei D. Manuel I, para o Mosteiro dos Jerónimos, durante o reinado de D. João III (Moura, 1999). Estudos mais recentes revelam a hipótese deste livro ter sido encomendado por Damião de Góis ao iluminador António de Holanda, residente, na época, em Portugal (Moura, 1999). Apesar da influência Ganto-Brugense, o Livro de Horas dito de D. Manuel caracteriza-se por uma iconografia com elementos portugueses que lhe confere originalidade relativamente a outros códices da mesma escola (Markl, 1983). Este Livro de Horas pertenceu às Colecções Reais, sabendo-se que esteve na posse de D. Fernando Saxe-Coburgo. Foi transferido do Palácio das Necessidades para o Museu Nacional de Arte Antiga, em 1915, no arrolamento dos bens reais.
 
     
     
   
     
     
     
 
Secretário Geral da Cultura Direção-Geral do Património Cultural Termos e Condições  separador  Ficha Técnica