MatrizNet

 
Logo MatrizNet Contactos  separador  Ajuda  separador  Links  separador  Mapa do Site
 
sábado, 27 de abril de 2024    APRESENTAÇÃO    PESQUISA ORIENTADA    PESQUISA AVANÇADA    EXPOSIÇÕES ONLINE    NORMAS DE INVENTÁRIO 

Animação Imagens

Get Adobe Flash player

 


 
     
     
 
FICHA DE INVENTÁRIO
Museu:
Museu Nacional de Arte Antiga
N.º de Inventário:
14/9v. Ilum
Supercategoria:
Arte
Categoria:
Pintura
Denominação:
Livro de Horas
Título:
Calendário (mês de Abril)
Autor:
António de Holanda, atribuído a
Datação:
1517 d.C. - 1551 d.C.
Suporte:
Pergaminho
Técnica:
Pintura a têmpera e ouro
Dimensões (cm):
altura: 14, 2; largura: 10, 8;
Descrição:
Fólio 9 verso. Iluminura dedicada ao mês de Abril. Neste fólio a iluminura de forma rectangular ocupa praticamente toda a folha do livro. Esta tem enquadramento à maneira de moldura em tons de castanho avermelhado e dourado com um envolvimento arquitectónico gótico no topo. Este enquadramento forma um segundo quadro dividido em três campos. O primeiro define-se por linhas a sanguínea de modo a formar uma tabela com três colunas. Estas são preenchidas pelo: número áureo, letra dominical e pelos dias dos santos ou das festividades litúrgicas. Na coluna das letras, a letra "A", é iluminada a dourado sobre um fundo quadrangular vermelho com uma decoração vegetalista no interior. O texto é escrito em latim com caracteres góticos regulares. No segundo campo, inicia-se o calendário do mês de Abril. Neste é representada uma cena campestre, figurando ao centro, uma fonte. À direita, um par de namorados está sentado sobre um campo relvado com flores. O rapaz canta e toca alaúde ao mesmo tempo. Enquanto que, à esquerda, um outro homem deitado parece escutar a música entoada pelo jovem. No último campo, a inicial fitomórfica é dourada, sobre um fundo quadrangular vermelho. No topo da iluminura, apresenta-se um papagaio de perfil parecendo presenciar toda a cena. Na tarja direita, está representado um denso bosque, onde voam algumas aves. Em baixo, observam-se duas azenhas junto a um riacho, onde deslizam cisnes sobre a água. Dois homens dirigem-se à azenha à esquerda onde irão moer o grão que transportam em sacas, um fá-lo às costas, enquanto que o outro as transporta num burro. Na tarja da esquerda, vemos um bosque, em que algumas árvores estão em flor, e onde parece voar o papagaio que encima a composição. Ao fundo assiste-se a uma cena de caça com arco e flecha.
Incorporação:
Transferência - Proveniente do Palácio das Necessidades
Origem / Historial:
A execução do Livro de Horas dito de D. Manuel prolongou-se por vários anos. Segundo o texto do fólio 1, ter-se-á iniciado em 1517, mas provavelmente só terá sido concluído após 1551, ano em que se procedeu à trasladação dos restos mortais do rei D. Manuel I, para o Mosteiro dos Jerónimos, durante o reinado de D. João III (Moura, 1999). Estudos mais recentes revelam a hipótese deste livro ter sido encomendado por Damião de Góis ao iluminador António de Holanda, residente, na época, em Portugal (Moura, 1999). Apesar da influência Ganto-Brugense, o Livro de Horas dito de D. Manuel caracteriza-se por uma iconografia com elementos portugueses que lhe confere originalidade relativamente a outros códices da mesma escola (Markl, 1983). Este Livro de Horas pertenceu às Colecções Reais, sabendo-se que esteve na posse de D. Fernando Saxe-Coburgo. Foi transferido do Palácio das Necessidades para o Museu Nacional de Arte Antiga, em 1915, no arrolamento dos bens reais. ansferido do Palácio das Necessidades para o Museu Nacional de Arte Antiga, em 1915, no arrolamento dos bens reais.
 
     
     
   
     
     
     
 
Secretário Geral da Cultura Direção-Geral do Património Cultural Termos e Condições  separador  Ficha Técnica