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FICHA DE INVENTÁRIO
Museu:
Museu Nacional de Arte Antiga
N.º de Inventário:
14/11 Ilum
Supercategoria:
Arte
Categoria:
Pintura
Denominação:
Livro de Horas
Título:
Calendário (mês de Maio)
Autor:
António de Holanda, atribuído a
Datação:
1517 d.C. - 1551 d.C.
Suporte:
Pergaminho
Técnica:
Pintura a têmpera e ouro
Dimensões (cm):
altura: 14, 2; largura: 10, 8;
Descrição:
Fólio 11. Iluminura dedicada ao mês de Maio. Neste fólio a iluminura tem um enquadramento à maneira de moldura em tons de castanho avermelhado e dourado com um envolvimento arquitectónico gótico e decorada no topo por um festão floral. Este enquadramento forma um segundo quadro dividido em três campos. O primeiro é definido por linhas a sanguínea, de modo a formar uma tabela com três colunas. Estas são preenchidas pelo: número áureo, letra dominical e pelos dias dos santos ou das festividades litúrgicas. Na coluna das letras, a letra "A", é iluminada a dourado e inscrita sobre um fundo quadrangular vermelho decorado com motivos vegetalistas no interior. O texto é escrito em latim com caracteres góticos regulares a vermelho e preto. No quadro principal, presenciamos o passeio de um par de namorados num jardim com flores e cercado por estacas cruzadas. O rapaz segura na mão esquerda, um falcão e a rapariga segura também na sua mão esquerda, um ramo de flores e com a direita faz festas a um galgo. Atrás deste casal segue um rapaz que transporta várias peças de caça. À direita, estão duas raparigas, uma de joelhos parece colher flores enquanto que a outra permanece sentada sobre a relva. Ao fundo, à esquerda, um caramanchão abriga um casal, sentado no chão. Na tarja da direita, um homem pesca junto ao rio, enquanto que mais ao fundo um outro a cavalo é acompanhado por dois homens. Ao longe um rebanho pasta calmamente num campo verdejante e no céu podemos observar o voo de várias aves. Em baixo, num rio, duas embarcações passeiam-se sobre a água. A da esquerda tem à ré um toldo vermelho e na proa uma bandeira vermelha com uma cuz dourada que a divide simetricamente em quatro campos iguais e em cada um deles figura uma estrela. Na proa um homem toca tambor e outro instrumento musical, tendo na cabeça uma boina vermelha com penas. Na outra embarcação, à direita, viaja um grupo maior de pessoas. Na proa figura uma bandeira branca e, junto desta, um homem tem na cabeça um chapéu vermelho com várias penas. Na tarja da esquerda um cisne desliza sobre as águas, enquanto dois homens caçam aves, num campo muito verde.
Incorporação:
Transferência - Proveniente do Palácio das Necessidades
Origem / Historial:
A execução do Livro de Horas dito de D. Manuel prolongou-se por vários anos. Segundo o texto do fólio 1, ter-se-á iniciado em 1517, mas provavelmente só terá sido concluído após 1551, ano em que se procedeu à trasladação dos restos mortais do rei D. Manuel I, para o Mosteiro dos Jerónimos, durante o reinado de D. João III (Moura, 1999). Estudos mais recentes revelam a hipótese deste livro ter sido encomendado por Damião de Góis ao iluminador António de Holanda, residente, na época, em Portugal (Moura, 1999). Apesar da influência Ganto-Brugense, o Livro de Horas dito de D. Manuel caracteriza-se por uma iconografia com elementos portugueses que lhe confere originalidade relativamente a outros códices da mesma escola (Markl, 1983). Este Livro de Horas pertenceu às Colecções Reais, sabendo-se que esteve na posse de D. Fernando Saxe-Coburgo. Foi transferido do Palácio das Necessidades para o Museu Nacional de Arte Antiga, em 1915, no arrolamento dos bens reais.
 
     
     
   
     
     
     
 
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