MatrizNet

 
Logo MatrizNet Contactos  separador  Ajuda  separador  Links  separador  Mapa do Site
 
sexta-feira, 19 de abril de 2024    APRESENTAÇÃO    PESQUISA ORIENTADA    PESQUISA AVANÇADA    EXPOSIÇÕES ONLINE    NORMAS DE INVENTÁRIO 

Animação Imagens

Get Adobe Flash player

 


 
     
     
 
FICHA DE INVENTÁRIO
Museu:
Museu Nacional de Arte Antiga
N.º de Inventário:
14/8 Ilum
Supercategoria:
Arte
Categoria:
Pintura
Denominação:
Livro de Horas
Título:
Calendário (mês de Março)
Autor:
António de Holanda, atribuído a
Datação:
1517 d.C. - 1551 d.C.
Suporte:
Pergaminho
Técnica:
Pintura a têmpera e ouro
Dimensões (cm):
altura: 14, 2; largura: 10, 8;
Descrição:
Fólio 8. Iluminura dedicada ao mês de Março. Neste fólio, a iluminura de forma rectangular ocupa praticamente toda a folha do livro. Esta tem um enquadramento à maneira de moldura, em tons de castanho avermelhado e dourado, com um envolvimento arquitectónico gótico no topo. Este enquadramento forma um segundo quadro dividido em três campos. O primeiro é definido por linhas a sanguínea, formando uma tabela com três colunas. Estas são preenchidas pelo: número áureo, letra dominical e pelos dias dos santos ou das festividades litúrgicas. Na coluna das letras, a letra "A", é iluminada, a dourado sobre um fundo quadrangular azul escuro, decorado com motivos vegetalistas no interior. O texto, com uma letra regular, é escrito em latim com caracteres góticos. O campo seguinte, é retratada uma cena campestre de pastorícia, na qual dois homens tosquiam as ovelhas junto a um riacho, enquanto uma outra bebe água reflectindo a sua própria imagem no curso de água. Ao longe, um pastor conduz o seu rebanho e uma pastora, enquanto guarda o seu, fia numa roca. No último campo, o espaço é definido por linhas a sanguínea, tendo uma inicial fitomórfica, pintada em tons de laranja e dourado sobre um fundo quadrangular vermelho. O texto é escrito em latim, com uma letra regular, em caracteres góticos a tinta vermelha. Nas tarjas sob um céu azul, no qual esvoaçam várias aves, observamos, do lado direito, à preparação das vinhas em latada. Mais atrás, um homem cuida das colmeias junto de coelhos saltitantes, vendo-se ao fundo um grande afloramento rochoso. Em baixo e à direita duas mulheres estão junto de um poço, uma tira água e a outra espera com uma bilha à cabeça. À esquerda vários homens tratam das vinhas baixas. Ao fundo, na tarja esquerda, uma ponte sobre um riacho e numa construção rochosa, uma coruja espreita, num nicho, a lembrar que a noite está a chegar.
Incorporação:
Transferência - Proveniente do Palácio das Necessidades
Origem / Historial:
A execução do Livro de Horas dito de D. Manuel prolongou-se por vários anos. Segundo o texto do fólio 1, ter-se-á iniciado em 1517, mas provavelmente só terá sido concluído após 1551, ano em que se procedeu à trasladação dos restos mortais do rei D. Manuel I, para o Mosteiro dos Jerónimos, durante o reinado de D. João III (Moura, 1999). Estudos mais recentes revelam a hipótese deste livro ter sido encomendado por Damião de Góis ao iluminador António de Holanda, residente, na época, em Portugal (Moura, 1999). Apesar da influência Ganto-Brugense, o Livro de Horas dito de D. Manuel caracteriza-se por uma iconografia com elementos portugueses que lhe confere originalidade relativamente a outros códices da mesma escola (Markl, 1983). Este Livro de Horas pertenceu às Colecções Reais, sabendo-se que esteve na posse de D. Fernando Saxe-Coburgo. Foi transferido do Palácio das Necessidades para o Museu Nacional de Arte Antiga, em 1915, no arrolamento dos bens reais.
 
     
     
   
     
     
     
 
Secretário Geral da Cultura Direção-Geral do Património Cultural Termos e Condições  separador  Ficha Técnica