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FICHA DE INVENTÁRIO
Museu:
Museu Nacional de Arte Antiga
N.º de Inventário:
14/6v. Ilum
Supercategoria:
Arte
Categoria:
Pintura
Denominação:
Livro de Horas
Título:
Calendário (mês de Fevereiro)
Autor:
António de Holanda, atribuído a
Datação:
1517 d.C. - 1551 d.C.
Suporte:
Pergaminho
Técnica:
Pintura a têmpera e ouro
Dimensões (cm):
altura: 14, 2; largura: 10, 8;
Descrição:
Fólio 6 verso. Iluminura dedicada ao mês de Fevereiro. A iluminura deste fólio com uma forma rectangular ocupa parcialmente toda a folha do livro. Esta tem um enquadramento à maneira de moldura, em tons de castanho e dourado com uma cercadura a imitar ramos e folhas secas no topo. Este enquadramento forma um segundo quadro dividido em três campos. O primeiro é definido por linhas a sanguínea, formando uma tabela com três colunas. Estas são preenchidas pelo: número áureo, letras dominicais e pelos dias dos santos ou das festividades litúrgicas. O texto, com uma letra regular em caracteres góticos, é escrito em latim, com tinta vermelha e preta. Na coluna das letras, a letra, "A" é dourada sobre um fundo quadrangular verde decorado com motivos vegetalistas no interior. No quadro principal, sobre um fundo de neve, três pastores aquecem-se junto de uma fogueira, ao mesmo tempo que preparam uma refeição. Mantendo-se, ao seu lado, o rebanho. No último campo, o espaço é definido por linhas a sanguínea e apresenta uma capital iluminada, com motivos fitomórficos e pintada em tons de vermelho e dourado, projectando a sua sombra sobre um fundo quadrangular lilás. O texto, com letra regular, é escrito, em latim, com caracteres góticos, a vermelho. Na última linha preenchida pelo texto, um longo e estreito rectângulo completa o espaço livre. Na tarja direita, ao fundo, observa-se um aglomerado de rochas cobertas com pouca neve. Em baixo um homem dirige-se a uma das casas à sua frente, enquanto uma das mulheres transporta algo à cabeça e outra dá de comer às galinhas. Estas casas estão cobertas de neve e têm características arquitectónicas nórdicas. Na tarja do lado esquerdo, mantém-se o fundo de neve sobre a aldeia, cujos os ramos das árvores já despontam em flor. Ao fundo, um homem montado num burro dirige-se a um moinho de vento com características nórdicas, enquanto outro homem transporta um saco. Na linha do horizonte, vislumbram-se várias casas. À esquerda, em baixo, vemos um redil, onde é recolhido o gado ovino e um pouco mais acima um pombal, talvez junto a um celeiro.
Incorporação:
Transferência - Proveniente do Palácio das Necessidades
Origem / Historial:
A execução do Livro de Horas dito de D. Manuel prolongou-se por vários anos. Segundo o texto do fólio 1, ter-se-á iniciado em 1517, mas provavelmente só terá sido concluído após 1551, ano em que se procedeu à trasladação dos restos mortais do rei D. Manuel I, para o Mosteiro dos Jerónimos, durante o reinado de D. João III (Moura, 1999). Estudos mais recentes revelam a hipótese deste livro ter sido encomendado por Damião de Góis ao iluminador António de Holanda, residente, na época, em Portugal (Moura, 1999). Apesar da influência Ganto-Brugense, o Livro de Horas dito de D. Manuel caracteriza-se por uma iconografia com elementos portugueses que lhe confere originalidade relativamente a outros códices da mesma escola (Markl, 1983). Este Livro de Horas pertenceu às Colecções Reais, sabendo-se que esteve na posse de D. Fernando Saxe-Coburgo. Foi transferido do Palácio das Necessidades para o Museu Nacional de Arte Antiga, em 1915, no arrolamento dos bens reais.
 
     
     
   
     
     
     
 
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