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FICHA DE INVENTÁRIO
Museu:
Museu Nacional de Arte Antiga
N.º de Inventário:
1312 Mov
Supercategoria:
Arte
Categoria:
Mobiliário
Denominação:
Contador
Autor:
Desconhecido
Local de Execução:
India
Centro de Fabrico:
India mogol - Gujarate
Datação:
XVII d.C.
Matéria:
Madeira de sissó, teca, pau santo (restauro), outras madeiras exóticas, buxo (restauro), carvalho (restauro), marfim natural e tinto. Pés em teca (?) pintada. Ferragens em latão (peritagem de P.C. Abreu/IPCR, C.B.S./MNAA -2001)
Suporte:
Estrutura em teca, à excepção do fundo interior e dos entrepanos da base, em carvalho.
Técnica:
No faixeado, decoração marchetada a marfim natural e tinto, teca, outras madeiras exóticas, e latão. Embutidos com metal e marfim esgrafitado de negro ou policromado com pequenos circulos vermelhos em laca (?), fixos por pregos de cabeça cortada em latão.
Dimensões (cm):
altura: 142; largura: 142; profundidade: 70;
Descrição:
Móvel constituido à maneira dos contadores portugueses por caixa com 16 gavetas de frentes iguais (na realidade são 12) com puxadores em forma de pingente e argolas laterais encordoadas e fixas em espelhos recortados e vazados em forma de flor. Assenta sobre trempe, semelhante a um pequeno armário com duas portas, contendo três gavetas no seu interior. Apoia-se sobre quatro pés em forma de leões deitados de cabeça soerguida com olhos de marfim e a pupila em sissó mostrando as faces arreganhadas. Embora a caixa corresponda aos canones usados na construção do contador indoportuguês, este móvel apresenta características distintas na construção, temática e técnicas decorativas. A decoração emoldurada por filetes sucessivos de marfim, distribui-se com densidade na frente plana das gavetas da caixa do contador com marchetados a marfim esgrafitado a negro e policromado, de cor natural e tingidos, teca e outras madeiras, realçados por pontos de metal sobre faixa de sissó. Sobre um fundo vegetalista figuras humanas (em cenas de corte ou em caçadas) e animais (leões e pavões) dispõem- se afrentados tendo como eixo a árvore da vida. Mas é sobretudo na base, no exterior das portas, que se desenvolve a composição historiada e igualmente simétrica. Junto à árvore da vida, o mítico pássaro simurgh leva no bico e nas garras três elefantes, causando agitação com o seu esvoaçar, enquanto numa zona inferior desligados deste contexto se destacam pela sua indumentária, personagens portugueses com grandes lanças, caçando em suas montadas. Uma tarja com enrolamentos vegetalistas em marfim emoldura esta composição. O tampo e os lados, bem como a frente das gavetas ocultas da base, apresentam igualmente marchetada a marfim uma decoração floral estilizada, sendo o desenho dos embutidos do interior das portas igual ao das ilhargas superiores. Costas pintadas de negro sem decoração. As ferragens recortadas em finas placas, distribuem-se pontualmente, de modo menos exuberante do que as dos contadores indoportugueses, destacando-se, os espelhos em metal recortado e vazado em forma de águia bicéfala encimada pela cruz.
Incorporação:
Compra - Leilão Burnay
Origem / Historial:
Este móvel encontrava-se no Palácio da Junqueira (Conde Burnay), na passagem da galeria para a sala das colunas, e foi adquirido no leilão da colecção Burnay por 8.000 escudos figurando no catálogo de venda em 1934, com o nº 85 com a seguinte legenda "contador indiano composto de dois corpos com embutidos de marfim e várias madeiras; no corpo superior doze gavetas e no inferior duas portas com três gavetas interiores. Curiosa decoração de aves, flores e figuras humanas formando cenas campesinas, caçadas e torneios." Móvel muito identico ao tampo de mesa ou frontal de altar pertencente ao Museu Victoria and Albert, de Londres, referenciado como tendo sido fabricado no reinado de Jahangir para os missionários portugueses de Lahore ou de Agra, o que leva a pensar terem sido ambos os móveis provenientes da mesma oficina (Pinto, 1983) * Forma de Protecção: classificação; Nível de Classificação: interesse nacional; Motivo: Necessidade de acautelamento de especiais medidas sobre o património cultural móvel de particular relevância para a Nação, designadamente os bens ou conjuntos de bens sobre os quais devam recair severas restrições de circulação no território nacional e internacional, nos termos da lei 107/2001, de 8 de Setembro e da respectiva legislação de desenvolvimento, devido ao facto da sua exemplaridade única, raridade, valor testemunhal de cultura ou civilização, relevância patrimonial e qualidade artística no contexto de uma época e estado de conservação que torne imprescindível a sua permanência em condições ambientais e de segurança específicas e adequadas; Legislação aplicável: Lei n.º 107/2001, de 8 de Setembro; Acto Legislativo: Decreto; Nº 19/2006;18/07/2006 * Este objecto está relacionado com os seguintes objectos (2.0): Nº de inventário: Is 15-1882; Denominação: "Tampo de mesa" ou mais correctamente "frontal de altar"; Localização: Victoria and Albert
 
     
     
   
     
     
     
 
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