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FICHA DE INVENTÁRIO
Museu:
Museu Nacional de Arte Antiga
N.º de Inventário:
106 Our
Supercategoria:
Arte
Categoria:
Ourivesaria
Denominação:
Relicário
Autor:
Ian Vansteigoltist
Centro de Fabrico:
Portugal
Datação:
1515 d.C. - 1525 d.C.
Matéria:
Ouro e esmaltes policromos, esmeraldas, rubis, pérola, e diamante
Técnica:
Ouro, fundido, relevado, inciso, cinzelado e esmaltado
Dimensões (cm):
altura: 35; largura: 15,5; profundidade: 12;
Descrição:
Relicário em ouro em forma de templete renascentista, com base de planta rectangular, assente em quatro colunas de capiteis coríntios com duas aberturas laterais em arcos de volta inteira e encimadas por óculos. As colunas, esmaltadas a verde, sustentam uma cobertura de berço, exteriormente revestida por telhas em escama, em esmalte vermelho translúcido A encimar a peça, nas partes laterais dos arcos da cobertura vêm-se quatro volutas com palmetas. Interiormente corresponde-lhe uma semi-cupúla em concha formada por cinco gomos verdes e brancos em alternância, salpicados de delicados motivos dourados, a qual assenta numa arquitrave que rodeia toda a parte superior das paredes, onde se increve a legenda: DOMINE. IEZU. XPE. RESPLENDOR. PATRIS. CONCEDE. NOBIS. FAMVLIS.TVIS MISERICORDIE.TVE. TVE. MORTIS. GRAVISSIME. DVLCISSIME. As paredes são revestidas de pequenos tijolos de ouro, imitando o material de construção e colocados um a um; os frisos e as faixas são decorados com esmalte translúcido verde, azul escuro e branco, deixando ver o ouro em delicados ornatos renascentistas. Na parede do fundo, abre-se nicho, cuja forma é perfeitamente legível no reverso, ladeado por duas frestas compridas e rematadas por arco de volta perfeita, com um pequeno altar em esmalte vermelho e ouro com um rubi ao centro, destinado a guardar a ambula com a relíquia do espinho da coroa de Cristo, O altar assenta numa base com motivos geométricos e dois degraus sobrepostos sobre outra placa cinzelada em quadricula com um motivo floral repetido. Nesta visão frontal do relicário surgem ainda outros elementos decorativos e simbólicos: pedras preciosas (3 rubis, 2 esmeraldas, 1 diamante com engastes em garra e virola 1 pérola, uma pequenina cruz de ouro contendo fragmento do Santo Lenho, os camaroeiros, emblema de Leonor, na base das colunas, e o seu escudo de armas esmaltado, na arquivolta superior. Alguns destes elementos parecem terem sido posteriormente acrescentados, dado que a colocação da cruz do Santo Lenho, é um pouco forçada, prejudicando a leitura da legenda na arquitrave, mas é possivel que essa essa aplicação tenha sido feita, ainda durante a vida da rainha, uma vez que a cruz e as pedras são mencionadas na descrição do relicario que deixou no seu testamento ao mosteiro da Madre de Deus. O reverso corresponde perfeitamente à harmonia frontal da peça. Os mesmos minúsculos rectângulos de ouro, que imitam a silharia de pedra, revestem as formas de arquitectura, e no tímpano em semi-circulo, entre a cobertura e a arquitrave, representa-se um calvário, em trabalho de baixo relevo esmaltado em ronde bosse, com o sol e a lua e um fundo de arvores e a cruz, apenas com e os pregos ensanguentados, tendo aos pés a tradicional caveira de Adão. Na faixa decorada com grotescos em esmalte negro, que corre na base do Relicário aparece um medalhão com um busto feminino tipicamente renascentista e uma filactera com as iniciais CASAND tendo a base composta por friso tendo ao centro uma esmeralda em cabochão com um engaste de gola. A base é ladeada por dois plintos também decorados com grotescos esmaltados. Sobre estes plintos erguem-se duas pilastras encimadas por capiteis compósitos e cujos fustes são esmaltados, tendo na base duas cartelas com o camaroeiro (empresa de D. Leonor). Remata o templete, um arco de volta perfeita sendo a face interna polibobada, correspondendo ao corte vertical da concha que cobre o templete. Esta é decorada com esmaltes verdes e brancos alternados sendo o branco marcado por grotescos em ouro,com um rubi ao centro. A parte interna do templete é completamente revestida por pequenos tijolos de ouro. No interior surge um nicho ladeado por duas pilastras e coberto por um arco de volta perfeita repetindo em menor dimensão a construção que o abriga. No interior do nicho vê-se um altar cuja parte frontal é decorada com grotescos, tendo ao centro um rubi. Sobre o frontal vê-se uma ambola de cristal com um espinho da coroa de Cristo no seu interior. A fachada deste nicho é rematada por um diamante e encimada por uma pequena cruz-relicário tendo no interior um Santo Lenho. As paredes laterais apresentam óculos vazados. Entre o templete e a cobertura corre um inscrição em caracteres romanos que diz: TVE + TVE + MORTIS + GRAVISSIME + DVLCISIME + DOMINE + JESV + XPE + RESPLENDOR + PATRis. No fecho do arco estão as armas esmaltadas de D. Leonor e sobre estas uma urna encimada por uma pérola. A parte posterior da peça é também constituída por um friso na base, decorado com grotescos esmaltados ladeada por duas pilastras igualmente esmaltadas, ladeando a parede de tijolos de ouro tendo ao centro uma abside coberta de meia cúpula decorada com quadrícula. A ladear a abside estão duas frestas vazadas. A encimar o friso onde continua a correr a legenda iniciada na parte da frente, vê-se um arco de volta perfeita decoradao com friso esmaltado e o tímpano apresenta a figuração do Calvário tendo ao centro um cruz, com caveira e ossos na base, o sol e a lua sobre os braços da cruz e o fundo com seis árvores.
Incorporação:
Transferência - Convento da Madre de Deus, Lisboa
Origem / Historial:
Deixado em testamento ao Convento da Madre de Deus, pela rainha D. Leonor de Lencastre. * Forma de Protecção: classificação; Nível de classificação: interesse nacional; Motivo: Necessidade de acautelamento de especiais medidas sobre o património cultural móvel de particular relevância para a Nação, designadamente os bens ou conjuntos de bens sobre os quais devam recair severas restrições de circulação no território nacional e internacional, nos termos da lei n.º 107/2001, de 8 Setembro e da respectiva legislação de desenvolvimento, devido ao facto da sua exemplaridade única, raridade, valor testemunhal de cultura ou civilização, relevância patrimonial e qualidade artística no contexto de uma época e estado de conservação que torne imprescindível a sua permanência em condições ambientais e de segurança específicas e adequadas; Legislação aplicável: Lei n.º 107/2001, de 8 de Setembro; Acto Legislativo: Decreto; N.º 19/2006; 18/07/2006 *
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Tipo

Descrição

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Número de inventário: IFN 1148 Autor: José Pessoa Localização: DDF

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Número de inventário: 14506 -533 Autor: Abreu Nunes 1957 Localização: MNAA

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Número de inventário: 14507 -533 Autor: Abreu Nunes 1957 Localização: MNAA

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Número de inventário: IFN 1148.2 Autor: José Pessoa Localização: DDF

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Número de inventário: IFN 1148.1 Autor: José Pessoa Localização: DDF

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