Origem / Historial:
Segundo Émile Bertaux, esta pintura e o "Ecce Homo" fariam parte de um mesmo retábulo, obra de um mestre desconhecido. José de Figueiredo atribuíu a pintura a Cristóvão de Figueiredo, colocando a hipótese de ter sido originariamente realizada para o retábulo do altar da igreja de Santa Cruz de Coimbra. Partilhando a atribuição proposta por José de Figueiredo, mas retomando as considerações de Bertaux, Teixeira de Carvalho foi da opinião de que estaríamos perante o painel central de um tríptico de que o "Ecce Homo" formaria um dos volantes. Vergílio Correia incluíu o quadro no retábulo de Santa Cruz de Coimbra apontando como autor Cristóvão de Figueiredo e parceiros, opinião seguida geralmente pela crítica actual.
Apeado no início do século XVII quando foi substituído pelo novo retábulo maneirista do escultor Bernardo Coelho e dos pintores Simão Rodrigues e Domingos Vieira Serrão, do retábulo de Cristóvão de Figueiredo e do entalhador Francisco Lorete subsistem outras tábuas na sacristia do cenóbio crúzio e no Museu Machado de Castro.
* Forma de Protecção: classificação;
Nível de classificação: interesse nacional;
Motivo: Necessidade de acautelamento de especiais medidas sobre o património cultural móvel de particular relevância para a Nação, designadamente os bens ou conjuntos de bens sobre os quais devam recair severas restrições de circulação no território nacional e internacional, nos termos da lei n.º 107/2001, de 8 Setembro e da respectiva legislação de desenvolvimento, devido ao facto da sua exemplaridade única, raridade, valor testemunhal de cultura ou civilização, relevância patrimonial e qualidade artística no contexto de uma época e estado de conservação que torne imprescindível a sua permanência em condições ambientais e de segurança específicas e adequadas;
Legislação aplicável: Lei n.º 107/2001, de 8 de Setembro;
Acto Legislativo: Decreto; N.º 19/2006; 18/07/2006 *