MatrizNet

 
Logo MatrizNet Contactos  separador  Ajuda  separador  Links  separador  Mapa do Site
 
sábado, 20 de abril de 2024    APRESENTAÇÃO    PESQUISA ORIENTADA    PESQUISA AVANÇADA    EXPOSIÇÕES ONLINE    NORMAS DE INVENTÁRIO 

Animação Imagens

Get Adobe Flash player

 


 
     
     
 
FICHA DE INVENTÁRIO
Museu:
Museu Nacional de Arte Antiga
N.º de Inventário:
762 Esc
Supercategoria:
Arte
Categoria:
Escultura
Denominação:
Danaide
Título:
Danaide
Autores:
Auguste Rodin
Pierre
Local de Execução:
França
Oficina / Fabricante:
Oficina de Auguste Rodin
Datação:
1893 d.C. - Contemporânea
Matéria:
Pedra (calcário de Tonnerre)
Técnica:
Escultura de vulto pleno.
Dimensões (cm):
altura: 29;
Descrição:
Mármore esculpido em vulto perfeito representando Danaide deitada sobre uma base não esculpida mas apenas esboçada. Deitada sobre o corpo flectido, Danaide, desnuda, repousa a cabeça sobre a mão esquerda. A cabeleira, trabalhada em madeixas na nuca, perde-se sobre a base esquematizada, base essa sobre a qual repousa a figura. O tratamento anatómico minucioso revela um gracioso corpo feminino, jovem e desnudo. Estática. Esculpida a três quartos.
Incorporação:
Doação - Oferta do Sr. Calouste Sarkis Gulbenkian em Novembro de 1951.
Origem / Historial:
Calouste Sarkis Gulbenkian. Uma doação ao Museu Nacional de Arte Antiga. No 25º aniversário do Museu Calouste Gulbenkian, Lisboa, Fundação Calouste Gulbenkian, 1994, cat. 16, pp. 46-47: "Rodin buscou inspiração na mitologia grega para criar esta imagem de profundo desespero e eterna frustração, também pretexto para a representação do nu feminino. As cinquenta Danaides, filhas do Rei Dánao, que por ordem de seu pai assassinaram os maridos (filhos de Egipto) na noite de núpcias, espiaram o crime no Inferno, eternamente condenadas a encher de água um recipiente sem fundo. Rodin ilustrou a lenda, representando Danaide nua, exausta, de costas sobre um rochedo em atitude de abandono, com a água a escorrer-lhe do cântaro, totalmente entregue ao desespero. Como a água que se espalha sobre a rocha, também a cabeleira de Danaide obedece ao mesmo movimento ondulante. O tema foi criado em 1885 para as Portas do Inferno, projecto monumental que ocupou Rodin durante muitos anos, mas não chegou a ser utilizado na versão definitiva. A Danaide teve grande êxito junto do público, comprovado pela existência de dez exemplares em mármore, material que melhor consubstancia a volúpia do corpo feminino. A excepcional expressividade da anatomia de formas macias, que se afasta dos habituais cânones académicos, contrasta com a superfície rugosa da rocha. A versão adquirida por Calouste Gulbenkian, doada ao MNAA, tinha sido uma encomenda do marchand Allard. Foi executada em pedra de Tonerre, uma pedra calcária tal como o mármore, mas de menor dureza. Como de costume, Rodin socorreu-se de um ajudante, neste caso de nome Peter. O recibo por este assinado, no montante de seiscentos francos, tem a data de 8 de Outubro de 1893. Calouste Gulbenkian conservou nas suas colecções seis obras de Rodin, dois mármores (As Bençãos e Busto de Victor Hugo), e quatro bronzes (A Primavera, Jean d'Aire, Burguês de Calais, Irmão e Irmã e Cabeça de Legros)."

Bibliografia

Calouste Sarkis Gulbenkian. Uma doação ao Museu Nacional de Arte Antiga. No 25º aniversário do Museu Calouste Gulbenkian. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 1994, pág. 46-47

RIBEIRO, Belarmina, A. F. - "A Escultura no Museu Nacional de Arte de Arte Antiga", in Boletim do Museu Nacional de Arte Antiga, vol.IV, nº 12. Lisboa: MNAA, 1960, pág. 29-33

 
     
     
   
     
     
     
 
Secretário Geral da Cultura Direção-Geral do Património Cultural Termos e Condições  separador  Ficha Técnica