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FICHA DE INVENTÁRIO
Museu:
Museu Nacional de Arte Antiga
N.º de Inventário:
540 Our
Supercategoria:
Arte
Categoria:
Ourivesaria
Denominação:
Cruz Processional
Autor:
Desconhecido
Local de Execução:
Portugal
Centro de Fabrico:
Portugal
Oficina / Fabricante:
Não determinado
Entidade Emissora:
D. Sancho I (?)
Grupo Cultural:
Não determinado
Datação:
1214 d.C.
Matéria:
Ouro, safiras, granadas, pérolas e aljôfares
Técnica:
Ouro fundido, cinzelado, inciso e filigranado; gemas polidas e gravadas; pérolas e aljôfares perfurados
Dimensões (cm):
altura: 65; largura: 34,5; diâmetro: máximo do nó 7,5 ;
Descrição:
Cruz processional em ouro, de braços rectos, lóbulos laterais e extremidades flordelisadas, debruada em todo o seu perímetro por um friso perlado. Motivos vegetalistas incisos, palmas em filigrana nas extremidades e a utilização de cabochões reaproveitados de jóias anteriores (alguns tardo-romanos) e pérolas barrocas, constituem o essencial da decoração. Estes cabochões envoltos por uma moldura de filigrana, aplicados sobre a decoração vegetalista incisa, divergem na forma: os de forma quadrilobada com pequenas safiras, os de forma losangular com aljôfares e os quadrangulares com safiras e aljôfares. Alternam com pares de pérolas em engastes de gola também circundados por filigrana. Alguns são gravados no reverso, com símbolos não identificados ou representações de animais. O rectângulo da intercessão dos braços, com quatro cabochões nos cantos, alberga ao centro os suportes de um relicário que conteve o Santo Lenho que, segundo a tradição, pertencera ao Conde D. Henrique e que, depois de uma atribulada história no século XVII se veio a perder. No verso, o centro, decorado por motivos incisos, é ocupado pelo Cordeiro Místico e cada extremo das hastes pela representação simbólica dos Envangelistas. Correndo toda a haste inferior da cruz, desenvolve-se em caracteres góticos unciais a inscrição. Na base, surge um anjo suportando uma filactera na qual se inscreve a datação da peça. Nó em forma de calote esférica achatada, encontrando-se dividida longitudinalmente por um cordão, sendo toda a sua face preenchida por decoração filigranada em forma de palmetas. Posteriormente, foram aplicados para fixação da cruz elementos em prata dourada: uma braçadeira, duas grande palmetas e quatro espigões, cobrindo parcialmente um deles a datação inscrita na filactera.
Incorporação:
Transferência - Mosteiro de Santa Cruz, Coimbra
Origem / Historial:
Ostentando a data de 1214 numa tarjeta, incisa no ouro, que percorre a parte inferior do seu reverso, a chamada Cruz de D. Sancho I foi mandada executar por este rei no segundo testamento que lavrou, para que se entregasse ao mosteiro de Santa Cruz em Coimbra. (...) A prodigalidade que o monarca revelou no fim da sua vida, fazendo opulentas dádivas ao clero, em sinal de apazigumento após os acesos conflitos que mantivera com a Santa Sé, prende-se igualmente com a preocupação de garantir a salvação da sua alma. A entrada desta alfaia no Mosteiro de Santa Cruz veio enriquecer o vultuoso tesouro de relíquias e preciosidades do opulento mosteiro e preencher uma lacuna do culto que aí devia ser prestado ao Santo Lenho. D. Afonso Henriques, ao fundar a instituição com D. Telo, dedica o culto dos Cénegos Regantes à invocação da Cruz de Cristo e deixa ao Mosteiro uma relíquia da Santa Cruz. De acordo com a tradição, tinha-a tomado em 1128 ao seu primo Afonso VII de Castela, na batalha da Veiga de Valdevez, depositando-a posteriormente na Igreja de Grade, guardando para si um fragmento que dividiu em duas partes. Um dos fragmentos foi incrustado numa pequena cruz peitoral em ouro, pertença do monarca e que depois veio a integrar a Cruz em ouro que D. Sancho irá doar testamentalmente a Santa Cruz de Coimbra, e o outro fragmento foi oferecido a São Teotónio, co-fundador do mosteiro e primeiro santo português. Santa Cruz passa assim, a funcionar como repositório dos despojos mortais dos primeiros reis de Portugal e ainda como tesouro dos objectos-simbolo do reino: como a espada do rei fundador aí se passa a guardar também a relíquia do Santo Lenho. Neste contexto, a Cruz de D. Sancho proporciona o enquadramento condigno à relíquia que o monarca herdara de seu pai e dignifica o orago de uma instituição tão intimamente ligada à monarquia portuguesa. (...) Franco, Anísio, "A Cruz de D. Sancho I, História, função e forma" in Inventário do Museu Nacional de Arte Antiga, Colecção de Ourivesaria, 1º volume: do Românico ao Manuelino, IPM, 1995, pp. 50 - 55. * Forma de Protecção: classificação; Nível de classificação: interesse nacional; Motivo: Necessidade de acautelamento de especiais medidas sobre o património cultural móvel de particular relevância para a Nação, designadamente os bens ou conjuntos de bens sobre os quais devam recair severas restrições de circulação no território nacional e internacional, nos termos da lei n.º 107/2001, de 8 Setembro e da respectiva legislação de desenvolvimento, devido ao facto da sua exemplaridade única, raridade, valor testemunhal de cultura ou civilização, relevância patrimonial e qualidade artística no contexto de uma época e estado de conservação que torne imprescindível a sua permanência em condições ambientais e de segurança específicas e adequadas; Legislação aplicável: Lei n.º 107/2001, de 8 de Setembro; Acto Legislativo: Decreto; N.º 19/2006; 18/07/2006 * Acto Legislativo: Decreto; N.º 19/2006; 18/07/2006 *

Tipo

Descrição

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Número de inventário: IFN 1085 Autor: José Pessoa Localização: DDF

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Número de inventário: 13286 cx 520 Autor: Abreu Nunes 1957 Localização: MNAA

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Número de inventário: 13287 cx 520 Autor: Abreu Nunes 1956 Localização: MNAA

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Número de inventário: IFN 1085.1 Autor: José Pessoa Localização: DDF

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