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FICHA DE INVENTÁRIO
Museu:
Museu Nacional do Azulejo
N.º de Inventário:
MNAz 125 Esc
Supercategoria:
Arte
Categoria:
Escultura
Denominação:
Peça do Presépio da Madre de Deus
Título:
Foliões
Autor:
Ferreira, António e Dionísio (atribuído)
Local de Execução:
Portugal
Centro de Fabrico:
Lisboa, Portugal
Datação:
1700 d.C. - 1730 d.C.
Matéria:
Barro
Suporte:
Barro cozido (terracota)
Técnica:
Modelação Policromia a frio: pintura a têmpera ou técnica mista (óleo e ovo).
Dimensões (cm):
altura: 54 cm; largura: 51 cm; profundidade: 26 cm;
Descrição:
Grupo escultórico composto por seis figuras das quais três são homens de meia idade e três são mulheres, duas jovens e uma velha. No centro está um homem de barriga proeminente que dança com o braço esquerdo erguido tocando castanholas. Traja barrete, camisa de gola de folhos branca, casaca azul ajustada nas ancas, meias e sapatos. Da sua cintura pende uma pequena barrica e entre as pernas está um pequeno cão. À sua direita, outro homem toca guitarra, trajando chapéu, casaca, cinto, calças, meias, sapatos e, no ombro esquerdo, uma pequena capa. Em segundo plano, entre os dois, um terceiro homem inclina a cabeça para baixo. Junto ao ombro direito do guitarrista, uma mulher idosa, olha para a direita. Traja lenço soqueixado verde, véu, casaca, saia e sobressaia. À esquerda do dançarino, uma mulher jovem toca castanholas, tendo na cabeça um véu. Traja camisa, colete azul sobressaia preta, saia vermelha e sapatos. Por detrás de si, do lado do seu ombro esquerdo, espreita uma terceira mulher também jovem, envolvida num longo véu verde.
Incorporação:
Transferência - Por despacho de 31/7/2009, do Director do Instituto dos Museus e da Conservação, foi autorizada a transferência a título definitivo do MNAA para o MNAz. Estava em depósito no MNAz desde 1985.
Origem / Historial:
Forma de Protecção: classificação; Nível de Classificação: interesse nacional; Motivo: Necessidade de acautelamento de especiais medidas sobre o património cultural móvel de particular relevância para a Nação, designadamente os bens ou conjuntos de bens sobre os quais devem recair severas restrições de circulação no território nacional e internacional, nos termos da lei nº 107/2001, de 8 de Setembro e da respectiva legislação de desenvolvimento, devido ao facto da sua exemplaridade única, raridade, valor testemunhal de cultura ou civilização, relevância patrimonial e qualidade artística no contexto de uma época e estado de conservação que torne imprescindível a sua permanência em condições ambientais e de segurança específicas e adequadas; Legislação aplicável: Lei nº 107/2001, de 8 de Setembro; Acto Legislativo: Decreto; Nº 19/2006;18/07/2006 O presépio (no qual se integra esta peça) provém do antigo Convento da Madre de Deus (hoje MNAz). Foi colocado originalmente num espaço próprio conhecido por Sala do Presépio, contíguo à Capela de Santo António, no segundo piso do edifício do convento ou casa do antecoro. Entre as possíveis circunstâncias em que se situou a encomenda do presépio poderá ter estado um programa de glorificação da Virgem, no qual se enquadra a recepção de dádivas vindas de Roma, em 1731, sob a forma de relíquias várias relacionadas com A Virgem, incluindo, por exemplo, uma tábua do presépio ou berço. Entre os encomendantes prováveis são apontados D. João V e o padre José Pacheco, ou ainda D. Pedro II ou D. Catarina de Bragança. A sua função inicial relacionava-se com a celebração da Natividade realizada em ambiente de clausura. A função actual de objecto museológico decorreu da sua incorporação pelo Estado após o decreto de extinção das ordens religiosas que se prolongou neste caso, por se tratar de um convento feminino, até à morte da última freira, ocorrida em 1871. Não se sabe exactamente quando terá sido desmontado, mas sabe-se que quando foi incorporado no acervo do MNAA (ou Museu Nacional de Belas Artes e Arqueologia até 1884) já estaria desmontado. A primeira exposição museológica de algumas das suas peças isoladas do conjunto ocorreu em 1882 na Exposição de Arte Ornamental Portuguesa e Hespanhola (não foi o caso desta peça). Existiu um projecto de montagem do presépio na sua casa original nos anos 80 (onde entretanto se instalou o MNAz, motivando o regresso do conjunto escultórico a esse local, em regime de depósito, mas este projecto não teve continuidade por falta de bases para uma correcta montagem das peças dispersas.

Bibliografia

ANDRADE, Sérgio de - "Presépios" in: Dicionário de Arte Barroca em Portugal. Lisboa: Editorial Presença, 1989, pág. -

Documentação do Convento da Madre de Deus, documentos avulsos, Biblioteca do Museu Nacional de Arte Antiga, pág. -

Memórias do que ouve na Madre de Deus, iniciado em 1639, Biblioteca Nacional de Lisboa, F. 2368, pág. -

PAIS, Alexandre Nobre - O Presépio da Madre de Deus. Lisboa: IPM, 2003, pág. -

PAIS, Alexandre Nobre - Presépios Portugueses Monumentais do século XVIII em Terracota, Dissertação de Mestrado em História de Arte Moderna apresentada à Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa. Lisboa: texto policopiado, 1998, pág. -

PAIS, Alexandre Nobre - Presépios portugueses no século XVIII in: Portugal Brasil/ Brasil Portugal: Duas faces de uma realidade artística, Comissão Nacional para a Comemoração dos Descobrimentos Portugueses. Lisboa: s.n., 2000, pág. -

Papéis Antigos provenientes de Igrejas e Mosteiros (Madre de Deus, etc), Museu Nacional de Arte Antiga, Arquivo de Directores, Caixa 15, pasta 1, pág. -

TELLES, Liberato - O Mosteiro e a Igreja da Madre de Deus. Lisboa: Imprensa moderna, 1899, pág. -

 
     
     
   
     
     
     
 
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