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FICHA DE INVENTÁRIO
Museu: Museu Nacional do Azulejo N.º de Inventário: MNAz 6105 Az Denominação: Painel de azulejos Título: Nossa Senhora da Conceição,São Marçal, Santo António de Lisboa e São Pedro de Alcântara Local de Execução: Portugal Centro de Fabrico: Lisboa, Portugal Oficina / Fabricante: Real Fábrica de Louça, ao Rato (?) Matéria: Barro; óxidos metálicos Dimensões (cm): altura: 68; largura: 135; Descrição: Painel de azulejos neoclássicos em faiança polícroma a amarelo, azul, verde e manganês sobre branco.
Registo em formato de caixa em cantaria lisa no interior da qual pendem de argolas, atadas por laças, dois medalhões com tarjas com as inscrições S. MARSAL e S.ANTo. S.PEDRO.DEALCANTRA, tendo ao centro uma moldura polilobada representando Nossa Senhora da Conceição associada a uma cartela rococó com a data 1790, sendo todo o conjunto percorrido por ramos finos de folhagem. São Marçal está representado em pé, de frente, rosto barbado e cabeça contra um círculo radiante, vestido com mitra, capa e estola, segurando um báculo e um livro com a mão esquerda e abençoando com a direita; tendo ao lado casarios em chamas. Nossa Senhora da Conceição está em pé sobre o globo entre nuvens, pisando o crescente invertido, com vestido, manto, véu esvoaçante e resplendor de estrelas, com as mãos postas e olhando para cima sobre o lado direito. Santo António está em pé, com hábito e capa, rosto glabro, cabelo em coroa, segurando na mão esquerda um livro onde está em pé o Menino Jesus com vestido atado à cintura e agarrando com a mão direita uma cruz e um ramo de açucenas; ao lado direito está São Pedro de Alcântara com auréola e hábito, curvado, olhando para a Cruz que segura com a mão direita, enquanto com a esquerda apoia um livro contra uma mesa. Incorporação: Compra - Adquirido pela S.E.C. para o MNAz.
Origem / Historial: Registo proveniente da Rua de S. Marçal, n.º 51, em Lisboa.
Pertenceu à coleção Ernesto Vilhena.
Apesar da moldura que enquadra a Virgem e a cartela com a data serem antiquadas, de filiação rococó, esta composição impõe-se pelo carácter arquitetónico, a caixa com medalhões suspensos, com laças e tarjas, aí predominando a ideia do ouro transposta no amarelo do fundo e das molduras que dão ênfase ao azul predominante das figurações claramente inspiradas em convenções figurativas de gravuras anteriores.
Bibliografia | Cerâmica Neoclássica em Portugal, catálogo de exposição. Lisboa: IPM-MNA, 1997, pág. -139 | Real Fábrica de Louça, ao Rato. Lisboa: IPM, 2003, pág. 509 | Roteiro do Museu Nacional do Azulejo. Lisboa, IPM: Edições Asa, 2003, pág. 137 | PEREIRA, João Castel-Branco, Azulejos Neoclássicos, in: Oceanos nº36/37, Azulejos Portugal e Brasil, CNCDP, 1998/1999., pág. 228 e 231 | |
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