MatrizNet

 
Logo MatrizNet Contactos  separador  Ajuda  separador  Links  separador  Mapa do Site
 
quinta-feira, 18 de abril de 2024    APRESENTAÇÃO    PESQUISA ORIENTADA    PESQUISA AVANÇADA    EXPOSIÇÕES ONLINE    NORMAS DE INVENTÁRIO 

Animação Imagens

Get Adobe Flash player

 


 
     
     
 
FICHA DE INVENTÁRIO
Museu:
Museu Nacional do Azulejo
N.º de Inventário:
MNAz 1 Az
Supercategoria:
Arte
Categoria:
Cerâmica
Denominação:
Painel de azulejos
Título:
Vista de Lisboa
Autor:
Barco, Gabriel del (Siguenza, 1649 - Lisboa, 1703 (?))
Local de Execução:
Portugal
Centro de Fabrico:
Lisboa, Portugal
Datação:
1700 d.C.
Matéria:
Barro; óxidos metálicos
Técnica:
Faiança
Dimensões (cm):
altura: 111,5 ; largura: 2047,5 ;
Descrição:
Painel de azulejos em faiança monocromática, a azul sobre branco. Panorama da cidade de Lisboa e arredores numa faixa costeira entre os Conventos de São José de Ribamar, em Algés, a oeste e o Convento da Madre de Deus, em Xabregas, a nordeste tendo como eixo o Terreiro do Paço. A maioria das construções - arquitectura militar, palácios, construções portuárias, conventos, igrejas e mobiliário urbano - são de fácil identificação. Fazendo a leitura de oeste para nordeste podem identificar-se os seguintes edifícios militares: Torre de Belém, Forte da Estrela, Forte de São João da Junqueira, Baluarte de Alcântara Baluarte do Cais do Tojo, Forte de São Paulo, Forte de São João ou do Terreiro do Paço e Castelo de São Jorge; os seguintes palácios: Palácio da Praia, Palácio dos Condes de Aveiras, Palácio da Junqueira, Solar dos Saldanhas, Palácio Santo Amaro, Palácio Condes da Ponte, Palácio real de Alcântara e sua cerca, Palácio Condes de Murça, Casa de Abrantes, Palácio dos Duques de Aveiro, Palácio dos Condes-Barões de Alvito, Palácio dos Marqueses de Abrantes, Palácio dos Almadas, Palácio dos Condes de Soure, Palácio do Marquês de Olhão, Palacete Almeida Mendia, Palácio dos Duques de Bragança, Palácio de Vila Franca, Paço da Ribeira, Paço da Alcáçova, Palácio Corte Real, Palácio dos Arcebispos e Casa dos Bicos; os seguintes edifícios de utilidade pública e construções portuárias: Porto Alfandegário de Belém, Casa de Saúde de Belém, Moinhos de Alcântara, Colégio dos Nobres, Armazéns da Junta de Maranhão e da de Pernambuco, Casa da Moeda, Ribeira das Naus, Âlfandega do Tabaco, Misericórdia, Mercado da Ribeira, Tercenas e Fundição de Artilharia; os seguintes Conventos e Igrejas: Convento de São José de Ribamar, Convento de Nossa Senhora do Bom Sucesso, Mosteiro dos Jerónimos e sua cerca, Convento de Nossa Senhora das Flamengas, Mosteiro do Calvário, Mosteiro do Livramento, Mosteiro do Sacramento, Convento das Necessidades, Convento de São João de Deus, Convento dos Marianos, Convento das Trinas, Convento das Bernardas, Convento dos Barbadinhos Franceses, Convento da Esperança, Convento de Santa Brígida, Convento das Francesinhas, Convento de São Bento, Convento de Jesus, Convento dos Paulistas, Convento de Nossa Senhora da Conceição dos Cardais, Convento dos Caetanos, Colégio de São Pedro de Alcântara e São Paulo, Convento de São João Nepomuceno, Convento da Trindade, Convento de São Francisco, Convento dos Dominicanos Irlandeses, Convento de Santo Eloi ou Loios, Convento do Salvador, Convento da Graça, Mosteiro de São Vicente de Fora, Convento de Santa Clara, Convento de Santa Apolónia. Convento de Santos-o-Novo e Convento da Madre de Deus, Igreja de Jesus, Igreja dos Paulistas, Ermida de Nossa Senhora da Ajuda, Ermida da Ascenção de Cristo, Igreja de Santa Catarina, Igreja das Chagas, Igreja das Mercês, Igreja de São Roque, Igreja do Loreto, Igreja da Encarnação, Igreja de São Paulo, Igreja de Nossa Senhora dos Mártires, Igreja da Conceição Velha, Ermida de Nossa Senhora da Graça, Ermida de São Gens, Sé, Igreja da Misericórdia, e Igreja de Santa Engrácia; o mobiliário urbano conta com a Ponte de Algés, Ponte da Ribeira dos Pocinhos, Ponte da Junqueira, Ponte de Alcântara, Chafariz de Apolo, Chafariz de El-Rei, Cruzeiros e cais. A composição foi tirada do rio que está cheio de embarcações, barcos de pesca, canoas, caravelas e galeões. Podem observar-se as zonas mais densamente urbanizadas que correspondem à área de Alfama e encosta do Castelo, Baixa, Colina de São Francisco e Bairro Alto. São também visiveis muitos terrenos cultivados e zonas arborizadas estando algumas muradas como por exemplo a Tapada Real da Ajuda. Este painel constitui a mais importante panorâmica de Lisboa antes do terramoto de 1755 sendo indispensável para o estudo da cidade pois permite uma leitura que ultrapassando os aspectos urbanísticos e arquitectónicos, regista a vida económica e social nos inícios do século XVIII. Nas ruas e caminhos aparece todo o movimento do quotidiano através de vendedores ambulantes, trabalhadores rurais, calafates da Ribeira, comerciantes do Mercado da Ribeira Velha, homens do mar, nobres ou burgueses que se deslocam em coches e liteiras. Nas extremidades do painel, não fazendo parte da sequência espacial descrita, encontram-se dois painéis com a representação da Cruz Quebrada (Ponte do Jamor, Convento da Boa Viagem, Forte da Cruz Quebrada) e da zona de Xabregas (Convento de São Francisco de Xabregas) o que permite pôr a hipótese de que o painel poderia primitivamente ter uma extensão maior, compreendendo a representação de toda a margem direita do Tejo entre Cascais e o Poço do Bispo.
Incorporação:
Outro - Desconhecido (Fundo antigo)
Origem / Historial:
Forma de Protecção: classificação; Nível de Classificação: interesse nacional; Motivo: Necessidade de acautelamento de especiais medidas sobre o património cultural móvel de particular relevância para a Nação, designadamente os bens ou conjuntos de bens sobre os quais devem recair severas restrições de circulação no território nacional e internacional, nos termos da lei nº 107/2001, de 8 de Setembro e da respectiva legislação de desenvolvimento, devido ao facto da sua exemplaridade única, raridade, valor testemunhal de cultura ou civilização, relevância patrimonial e qualidade artística no contexto de uma época e estado de conservação que torne imprescindível a sua permanência em condições ambientais e de segurança específicas e adequadas; Legislação aplicável: Lei nº 107/2001, de 8 de Setembro; Acto Legislativo: Decreto; Nº 19/2006;18/07/2006

Bibliografia

Azulejos, catálogo de exposição Europália 91 - Portugal. Bélgica, Bruxelas, Porte de Hal , 20/09/1991 a 29/12/1991, pág. -129-131

João Miguel dos Santos Simões 1907-1972 [catálogo]. Lisboa: Museu Nacional do Azulejo, 2007, pág. 300

The age of the baroque in Portugal, catálogo de exposição. Washington: National Gallery of Art, 1993, pág. 181-183

VIEIRA DA SILVA, Augusto - Panorama de Lisboa em azulejos existente no Museu Nacional de Arte Antiga, in Dispersos, vol.2. Lisboa: 1960, pág. -

"Um Gosto Português. O Uso do Azulejo no Século XVII", Catálogo da exposição temporária no MNAz, Edição Babel e MNAz, 2012., pág. 54

A Água no azulejo português do século XVIII, Museu da Água - Mãe d'Água das Amoreiras, Lisboa, 18 de Setembro de 2014 a 30 de Junho de 2015, MNAz, EPAL, Museu da Água, 119 págs., pág. painel Xabregas 83-85

Microbiological and compositional features of green stains in the glaze of the Portuguese "Great View of Lisbon" tile panel, Sandra Cabo Verde, Telma Silva, Victoria Corregidor, Lurdes Esteves, Maria Isabel Dias, Virgínia Souza-Egipsy, Carmen Ascaso, Jacek Wierzchos, Luís Santos, Maria Isabel Prudêncio, Journal of Materials Science, July 2015.

 
     
     
   
     
     
     
 
Secretário Geral da Cultura Direção-Geral do Património Cultural Termos e Condições  separador  Ficha Técnica