Origem / Historial:
Tondela, distrito de Viseu, encontra-se a freguesia de Molelos. Desde épocas remotas tem sido um importante centro produtor de artefactos de barro negro, tal como nos é revelado na Necrópole de Paranho, com vasos do periodo da Idade do Bronze. As argilas de excelente plasticidade e as crescentes necessidades do mercado, levaram ao desenvolvimento de uma importante actividade artesanal, tornando a freguesia de Molelos uma notável escola para muitas gerações. As produções de barro de Molelos não vivem só por si, mas também no contexto de onde provêm e pela função que possam ter desempenhado. O barro negro de Molelos consagrou-se atravéz da sua função utilitária no quotidiano das populações. Utiolizadas para conservar cereais, azeitona e azeite, para levar ao fogo e cozinhar alimentos, para armazenar liquidos como a água e vinho, ou ainda, para serem servidas à mesa, a louça preta manteve ao longo dos tempos, o seu papel imprescindivel na vida das populações. Tradicionalmente a loiça era cozida em Soenga, processo de cozer cerâmica numa cova, pouco profunda, cavada no solo. Em Molelos a cozedura do tipo redutor (atravez da obstrução completa do "forno" em fim de cozedura) origina uma loiça completamente negra e parcialmente impermeabilizada. Actualmebnte uma nova geração de oleiros, criativos e determinados, implantou-se no mercado procurando novas abordagens, com sofisticação cde padrões estéticos, estilização de tipologias com novos usos e conquista de territórios, cvom uma produção muito diversificada e em série. Hoje a olaria de Molelos marca presença pela inovação e perfeição de acabamento.