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FICHA DE INVENTÁRIO
Denominação: Camões e as Tágides Título: Camões e as Tágides Dimensões (cm): altura: 242; largura: 293; Descrição: No centro da composição destaca-se a figura de Camões, sentado sobre um rochedo, representado de barba, com vestes negras e manto castanho, estendendo a mão direita e dirigindo o olhar em direcção a três Tágides, que se situam do lado esquerdo. As Tágides apresentam-se nuas, sentadas na areia, com o cabelo apanhado e conversando com o poeta. A cena representada conta como pano de fundo com as águas do Tejo onde, do lado esquerdo, se vislumbra, um pouco mais distante, uma outra Tágide e, do lado oposto, ao longe, a Torre de Belém, que se ergue da água envolvendo-se na neblina que satura o céu.
A figura do poeta, envolto num manto escuro e sentado num rochedo na Praia do Restelo, perto da Torre de Belém, contrasta com a das Tágides inspiradoras, de corpos alvos e bem modulados. Os seus rostos, muito concretizados e quase familiares, opõem-se às formas dos elementos da natureza, difusos e representados em mancha. Incorporação: Compra - Adquirido ao pintor José Campas
Origem / Historial: Em Abril de 1930 o quadro “Camões e as Tágides” passa a integrar o acervo do Museu de Grão Vasco.
Esta pintura havia já sido exposta diversas vezes, tendo mesmo sido enviada, em 1896, para a Exposição Internacional de Berlim, mas acabou por ser posta à venda em leilão e foi adquirida pelo pintor José Campas. Por sua vez, Francisco de Almeida Moreira, primeiro director do Museu de Grão Vasco, adquiriu-a a este pintor e a tela passou a estar exposta neste museu.
- Em 1894 foi exposto pela primeira vez na Galeria da Livraria Gomes, ao Chiado.
- Em 1896 foi enviado para a Exposição Internacional de Berlim, onde figurou.
- Pertenceu à Galeria do doutor Francisco Augusto da Costa Falcão.
- Posto em leilão nos princípios do ano 1930, efectuado na Casa Liquidadora, da avenida da Liberdade, em Lisboa, onde foi adquirido pelo Pintor José Campas, que o vendeu, por sua vez, em Abril do mesmo ano, ao Museu de Grão-Vasco.
- Em 1931 foi exposto na recém criada Sala Columbano, no Museu de Grão Vasco.
Existem estudos preparatórios desta pintura, ou das personagens que a compõem, no Museu de Arte Contemporânea- Museu do Chiado e na Casa Museu Dr. Anatácio Gonçalves, em Lisboa.
Bibliografia | ABREU, Lopo - "A Correspondência do Capitão Almeida Moreira" in Revista Beira Alta, Ano XV, nº II-III, Viseu, 1956, pág. 251-268 | Columbano Bordalo Pinheiro 1874-1900, Catálogo da Exposição, Museu do Chiado, Instituto Português de Museus/Museu do Chiado, 2007 | CORREIA, Alberto (dir.) - Boletim dos Amigos do Museu Grão Vasco, Julho - Agosto - nº 29, Viseu, Grupo de Amigos do Museu de Grão Vasco, 1989, pág. - | COUTINHO, A. de Almeida - "Boletim do Museu de Grão Vasco", in Viriatis, vol. I, n.º 1, Viseu, 1957, pág. 22 | FERREIRA, Maria Teresa Gomes (Comis.) - "A Arte e o Mar", Catálogo da Exposição, Lisboa,Fundação Calouste Gulbenkian, 1998, pág. 238 | MACEDO, Diogo de - Columbano, Lisboa, Artis, 1952 | VALE, Alexandre de Lucena e - Viseu Monumental e Artístico. Viseu: Edição da Assembleia Distrital de Viseu, 1995, pág. 95 | |
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