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FICHA DE INVENTÁRIO
Museu:
Museu Grão Vasco
N.º de Inventário:
2316
Supercategoria:
Arte
Categoria:
Pintura
Denominação:
Paisagem
Título:
Jardim de Marzovelos
Datação:
1921 d.C.
Matéria:
Pastel
Suporte:
Cartão
Dimensões (cm):
altura: 37; largura: 54;
Descrição:
Paisagem. Num jardim, contornando um lago e entre maciços de vegetação, encontram-se veredas guarnecidas com bancos, balaustradas e escadarias de acessos a patamares, bem acentuadas pelo uso de ocre em contraste com as diferentes formas e cromatismos da vegetação. A superfície do lago, um pouco penumbroso e em cujo centro se ergue um sólido repuxo em pedra, ocupa grande parte do primeiro plano do quadro, dimensão amenizada pelos reflexos de vegetação na água, expressos em diferentes tons de verde e com diversas intensidades lumínicas, onde as manchas de cor tanto sugerem a presença de um sol radiante de um dia de primavera, como conferem um sentido de profundidade e verticalidade que se projeta tanto para cima, perdendo-se no limite do suporte pictórico, como para baixo, no fundo do lago.
Incorporação:
Compra
Origem / Historial:
O presente trecho a pastel do Jardim de Marzovelos (com este mesmo nome existe outra obra no MGV, Inv. nº 2314, e outras duas no Museu Almeida Moreira ) é uma de várias interpretações que o artista pinta no decurso da sua estadia em Viseu, na primavera de 1921, preparando obras para a Exposição Artística Industrial a realizar nesta cidade, e que integrava uma programação mais vasta do Congresso Beirão, realizado em junho do mesmo ano. No jornal Notícias de Viseu, de 7 de julho de 1921, a propósito dos trabalhos de Joaquim Lopes exibidos na Exposição Artística Industrial, refere-se que “Todos os trabalhos deste artista nos pareceram bons (…). Mas o pastel de Marzovelos valia bem toda a exposição. Duma técnica impecável, duma suavidade encantadora, (o que é muito difícil de conseguir na paisagem a pastel), duma observação excepcional, faria a reputação dum mestre. Há quem chame a Joaquim Lopes «o pintor das montanhas», mas nós chamar-lhe-emos também o pintor do sol. Em quasi todas as telas expostas, o lindo sol da nossa terra floresce e noiva numa sinfonia dulcíssima de coloridos felizes como raras vezes temos encontrado. Joaquim Lopes pinta bem e mancha melhor”. Terminada a exposição no mês de agosto, Almeida Moreira escreve a Joaquim Lopes comunicando-lhe a decisão de adquirir esta obra. Diz-lhe muito perentoriamente que “o pastel fica, como eu queria, definitivamente para o Museu”. Mais tarde esta paisagem veio a integrar a Sala de Aguarelas, Pasteis e Desenho, constando no inventário de 1931 com o número 596. O Jardim de Marzovelos é um admirável espaço romântico nas imediações de Viseu, à época propriedade de António Teixeira Rebelo, primeiro Visconde de Marzovelos, amigo pessoal de Almeida Moreira e de Joaquim Lopes. Este belo lugar, tão apetecível aos apreciadores da natureza e aos artistas em particular, pauta-se por uma construção delicada e elegante, num estilo inglês ordenado e sóbrio, cuja superabundância de viçosas plantas e flores lhe confere uma graciosidade única; com jogos de formas, brilhos e cores que se tornam um verdadeiro desafio à mestria artística.
 
     
     
   
     
     
     
 
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