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FICHA DE INVENTÁRIO
Museu:
Museu Grão Vasco
N.º de Inventário:
2313
Supercategoria:
Arte
Categoria:
Pintura
Denominação:
Retrato de mulher
Título:
Mimi
Datação:
1926 d.C.
Matéria:
Óleo
Suporte:
Tela
Dimensões (cm):
altura: 107; largura: 54,5;
Descrição:
Retrato de mulher de corpo inteiro, de pé e de frente, de mãos postas à cintura, com chapéu preto de abas posto na cabeça, condicente com o negro do vestido, contrastando com as cores alegres da parte inferior deste, formada por barra às riscas azuis, amarelas, brancas e vermelhas, cores repetidas no debruado do decote. É ainda marcada pelo tom claro, quente e cor de mel do casaco e, sobretudo, pelo brilho das jóias e adornos, como o grande colar de pérolas de duas voltas, o alfinete de peito, a fivela do cinto e o anel, conferindo uma tónica vibrante que anima a composição. A obra estrutura-se verticalmente, tanto na figuração como no painel de fundo, formado por faixas de padrão floral apenas cortado por uma pequena barra horizontal que marca a superfície do chão.
Incorporação:
Doação - Desconhece-se o ano em que Joaquim Lopes terá oferecido a peça ao museu. Provavelmente em 1928, após a Exposição de Joaquim Lopes no Salão Silva Porto. Em 1935 já se encontra registada no Livro de inventário com o número 1483.
Origem / Historial:
O retrato de Mimi, a corpo inteiro, obra rara no contexto das tipologias mais praticadas pelo pintor, que sobretudo se dedicava à pintura de paisagem e de género, remete-nos para o brilho e a frescura dos anos 20, numa sensação de estarmos perante a figura “élancée” de modelo, tão distinta e tão representativa da elegância desse tempo. Mimi é “um modelo de bom retrato, de linhas rectas e de amaneiramentos leves e actuais, de transparências claras que a leveza da moda não oculta” (Jornal da Beira, 01-07-1927 ) ou “um soberbo retrato que vale como prova perfeita dos altos méritos artísticos de Joaquim Lopes” (Noticias de Viseu, 25-06-1927). O próprio Director do Museu Grão Vasco, Almeida Moreira, manifesta o seu apreço da seguinte forma: “Mimi é um delicioso retrato cheio de graça, de charme e de esbelteza. A figura gentil de “Mimi” é realçada pela elegância dos tons da sua toilette, num fundo admirável, de um colorido terno e suave, o que tudo faz com que este retrato seja uma verdadeira obra-prima” (Noticias de Viseu, 30-07-1927). Na Exposição de Joaquim Lopes no Salão Silva Porto, Mimi faz parte do núcleo exposto (Jornal de Noticias, 21-04-1928). Apresenta uma “Bela distribuição de luz, expressão fisionómica transportada para a tela com uma fidelidade, um realismo à Manet, que enleva e faz ocorrer ao pensamento a eloquente expressão do nosso bom povo, só lhe falta falar” (Jornal de Noticias, 27-04-1928). "O óleo “Mimi” é outra louça: aquela moça tem um olhar de mulher, profundo, um pouco enigmático; as suas feições não me deixam tranquilo… O que não quer dizer que não seja uma excelente pessoa” (Novidades, 21-04-1928). Datado de 1926, o retrato desta desconhecida Mimi é apresentado no ano seguinte na Exposição de Pintura da Sociedade Nacional de Belas Artes, em Lisboa, e a imprensa, ao elogiar trabalhos de artistas como Malhoa e Roque Gameiro, coloca também em destaque Joaquim Lopes “Um artista do Sol e da luz, deixando em cada quadro a sua alma comovida de adorador da natureza. Pinta enternecidamente, dando-nos, nos trabalhos que agora expõe, toda a alegria e toda a graça da paisagem minhota. O seu retrato de “Mimi” não desmerece do talento do artista” ( Diário de Noticias, 18-04-1927).
 
     
     
   
     
     
     
 
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