Origem / Historial:
À semelhança da pintura Jardim de Marzovelos (MGV. Inv. nº 2314), também esta pintura é executada em Viseu, na primavera de 1921. Contudo, o cenário é diferente. Agora, Joaquim Lopes dá-nos a observar, em primeiro plano, um florido rododendro, captado no jardim de Fontelo, espaço de matriz renascentista que integra a antiga quinta de verão do Bispos de Viseu, com o seu antigo Paço Episcopal.
Rododendro integrou a Exposição Artística Industrial de Viseu e, após o encerramento desta, deu entrada no Museu, em outubro de 1921, conforme se regista na carta de Joaquim Lopes a Almeida Moreira: “entreguei hoje o seu quadro “Rododendro” ao cunhado do Sr. Hermínio Correia, que fará o favor de lho levar para Viseu”. Ainda que assim tenha acontecido, o pedido de autorização de incorporação nos bens do Estado e da aquisição do Rododendro (Jardim de Fontelo – Viseu), só foi solicitado em 1935.
Em carta a Joaquim Lopes, datada de 14 de agosto de 1935, Almeida Moreira pede que “faça você um recibo e mande-me-o concebido nos seguintes termos: Recebi do Senhor Francisco de Almeida Moreira, Director do museu de Grão Vasco a quantia de 2500$00 escudos – dois mil e quinhentos escudos – preço pelo qual vendi ao mesmo museu um quadro da minha autoria intitulado - “O Rododendro” – (Viseu), Porto – 15 – Agosto – 1935”. Com a entrada no museu, esta tela recebeu o número de inventário 1447.