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FICHA DE INVENTÁRIO
Museu:
Museu Grão Vasco
N.º de Inventário:
2159
Supercategoria:
Arte
Categoria:
Pintura
Denominação:
Pentecostes
Título:
Pentecostes
Autor:
Fernandes, Vasco
Local de Execução:
Viseu
Datação:
1530 d.C. - 1535 d.C.
Suporte:
Madeira de castanho
Técnica:
Pintura a óleo
Dimensões (cm):
altura: 237,5; largura: 216;
Descrição:
Antigo retábulo da capela da confraria do Espírito Santo da Sé de Viseu, situada no topo Norte do transepto. No painel maior representa-se a cena da Descida do Espírito Santo (Pentecostes). Na predela figuram os bustos de Santa Luzia, Santa Margarida e Santa Catarina. Em primeiro plano, numa atitude dramática, representa-se São Pedro e São João, o Evangelista. Ao centro da composição, enquadrada pela arquitectura, cuja abóbada repete com ingenuidade a da arquitectura real, a abóbada manuelina da Sé, com os célebres nós, figura a Virgem acompanhada de santas mulheres e dos restantes apóstolos. Os objectos que aqui pontuam, um armário ao qual se sobrepõe um candelabro sem vela, uma jarra e um pote, parecem assumir uma função essencialmente decorativa. Quer dizer, para além da provável valência simbólica - o candelabro sem vela poderá ser entendido como um reforço da ideia da presença da luz divina do Espírito Santo - oferecem-se ao olhar do espectador como um prolongamento do seu próprio mundo. O modelo desta pintura, como é sobejamente conhecido, é idêntico ao que Vasco Fernandes utilizou no retábulo assinado, destinado ao Mosteiro de Santa Cruz de Coimbra (1535). Mas tudo indica que o de Viseu é anterior - pelo carácter mais arcaizante da linguagem da arquitectura, pelo modo mais confuso de ordenar as formas, pela qualidade do visível, pela qualidade matérica, pelo carácter aberto, contrastante e festivo da cor, pelo menor envolvimento dramático das figuras. De resto, Vasco Fernandes teve a colaboração de Gaspar Vaz neste retábulo. Essa colaboração, decerto controlada pela sua mão dominante, torna-se evidente através de uma análise comparativa com o São Pedro, já que os elementos figurativos do cenário, capitéis, azulejos do pavimento, etc., são inspirados nesta obra. Todavia, verifica-se um tratamento mais medíocre, seja nos erros de perspectiva e nas estranhas simplificações formais do enquadramento da cena, ao nível do muro, seja na execução pictural das formas. Na modelação de uma série de pormenores anatómicos, especialmente ao nível das mãos, com dedos longos e hirtos, identificam-se algumas formulações e procedimentos técnicos característicos de Gaspar Vaz.
Incorporação:
Transferência - Da Sé de Viseu
Origem / Historial:
* Forma de Protecção: classificação; Nível de classificação: interesse nacional; Motivo: Necessidade de acautelamento de especiais medidas sobre o património cultural móvel de particular relevância para a Nação, designadamente os bens ou conjuntos de bens sobre os quais devam recair severas restrições de circulação no território nacional e internacional, nos termos da lei n.º 107/2001, de 8 Setembro e da respectiva legislação de desenvolvimento, devido ao facto da sua exemplaridade única, raridade, valor testemunhal de cultura ou civilização, relevância patrimonial e qualidade artística no contexto de uma época e estado de conservação que torne imprescindível a sua permanência em condições ambientais e de segurança específicas e adequadas; Legislação aplicável: Lei n.º 107/2001, de 8 de Setembro; Acto Legislativo: Decreto; N.º 19/2006; 18/07/2006 *
 
     
     
   
     
     
     
 
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