Museu:
Museu do Chiado – Museu Nacional de Arte Contemporânea
Datação:
1929 d.C. - 1939 d.C.
Matéria:
Terracota policromada
Técnica:
Escultura em terracota policromada
Dimensões (cm):
altura: h: 167; m: 159; largura: h: 57; m: 54; profundidade: h: 46; m: 43;
Descrição:
A versão original de 1929, exposta no Salon d' Automne de Paris, foi realizada para integrar o projecto decorativo de uma fonte do arquitecto Paul Andrieu, tendo sido adquirida nesse mesmo ano pelo Estado francês. Neste grupo constituído por duas estátuas, Adão e Eva estão frente a frente, momentos antes do pecado original narrado pela Bíblia, ela oferecendo-lhe o fruto proibido e ele elevando as mãos ao peito, num sinal devotivo, corpos de uma nudez primitiva, estilizada e sensual, ambos voltando a cabeça para uma luz superior. Imagem mítica de uma idade da inocência, proposto num simbolismo e estilização Art Déco evidentes (cf. texto de Pedro Lapa no catálogo do Museu do Chiado, p. 268). A invulgar pele vermelha das figuras, que um crítico francês em 29 identificou com os índios da América do Sul, assim como a estilização e fisionomia do grupo, revelam justamente a procura moderna de um exotismo primitivo ou de uma nostalgia ancestral, oferecendo-se como "espectáculo silencioso e sacralizado" (cf. HENRIQUES, Paulo, coord. - Canto da Maya. Lisboa, 1990, p.132). Do melhor que se fez em escultura em Portugal na 1ª metade do século, nas franjas do modernismo.
Incorporação:
Compra - Adquirido pelo Estado ao artista