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FICHA DE INVENTÁRIO
Museu:
Museu do Chiado – Museu Nacional de Arte Contemporânea
N.º de Inventário:
78
Supercategoria:
Arte
Categoria:
Pintura
Denominação:
Fonte dos Amores, Quinta das Lágrimas
Datação:
1871 d.C.
Matéria:
Óleo
Suporte:
Tela
Técnica:
Pintura a óleo
Dimensões (cm):
altura: 75; 89; largura: 100; 114;
Descrição:
Pintura de género. No cenário idílico e mítico da Quinta das Lágrimas em Coimbra, imortalizada por Camões como o lugar onde Inês de Castro vivera os seus amores proibidos com D. Pedro, duas crianças brincam junto da fonte e tanque de água, vigiados pela mãe, uma senhora de longo vestido vermelho que cruza os braços, segurando um jornal na mão, à direita. Truque cenográfico característico de Cristino, num cenário sombrio encerrado por um majestoso e denso arvoredo é projectado, no centro da composição, junto das crianças, um feixe de luz que desce verticalmente, a partir da abertura na copa de um grande cedro, pormenorizado realisticamente, cujo tronco enorme se ergue junto da figura feminina, alusão simbólica ao drama de Inês. Como refere Maria de Aires Silveira, o enegrecimento da composição, renegando um gosto pelo fantástico e pelos surpreendentes contrastes cromáticos da década de 60, e pormenorização excessiva, revelam "um gosto orientado pela opinião pública[da]" (cf. SILVEIRA, 2000, p. 33), e significam, na evolução da sua pintura, em final de carreira, uma concessão fácil àquilo que a crítica de arte considerava (e não sem alguma razão, porque sabia muito bem que Cristino podia estar meses e meses sem pintar e que na proximidade da exposição anual da Promotora, num mês, pintava dez ou doze telas, como nos informa Rangel de Lima - cf. LIMA, 1879), sendo os mais contundentes Zacarias de Aça em 64 e António Enes em 74, ser "excessos de cor", uma "senda errada" destituída de verdade, ou mais exageradamente, "aberrações" e "desleixos crónicos" (Idem, p. 173 e 177), críticas que bateram fundo em Cristino, como os seus textos escritos (2 visitas à Exposição Internacional do Porto em 1866) o demonstram.
Incorporação:
Transferência - Museu Nacional de Arte Antiga
Origem / Historial:
Oferecido pelo artista à rainha de Espanha em 1871, este quadro foi doado pelo Visconde Júlio de Castilho (sem que se saiba como o adquiriu) à Academia Real de Belas Artes de Lisboa em 1879, tendo sido mais tarde transferido do MNAA para o Museu do Chiado - MNAC em 1912.
 
     
     
   
     
     
     
 
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