|
FICHA DE INVENTÁRIO
Museu: Museu Nacional Machado de Castro N.º de Inventário: 2547;P1 Denominação: Adoração dos Reis Magos / Políptico de Celas Autores: Vicente Gil (doc.Coimbra 1498-1525) Manuel Vicente (doc.Coimbra 1521-1530) Local de Execução: Coimbra Oficina / Fabricante: Vicente Gil e Manuel Vicente Datação: 1501 d.C. - 1525 d.C. Suporte: Madeira de carvalho Dimensões (cm): altura: 96; comprimento: 69; Descrição: A Virgem, sentada e voltada a três quartos para a esquerda, segura numa das mãos o Menino e na outra a tampa de uma píxide contendo moedas de ouro, das quais o Salvador exibe uma. A rodear as divinas personagens, os magos apresentam as suas oferendas e prestam humilde homenagem, corroborada pela atitude de se despojarem das suas coroas, depondo-as perante o Rei dos reis. O mago mais velho, portador da oferta em ouro, surge à esquerda da Virgem, ajoelhado. Junto a ele, de pé e apresentando uma custódia (contendo relíquias?) o mago Gaspar, identificado pela inscrição na bordadura da orla do manto. À direita e atràs da Virgem, o mago negro -Baltazar- usando turbante, apresenta o seu presente: um cibório com mirra. A inscrição na orla do seu manto identifica-o com o mago Melchior, que segundo a tradição é o mais idoso. Ao fundo a estrela que guiou estes representantes dos três cantos conhecidos do Mundo. No mesmo plano, à direita, uma abertura por onde se divisa um apontamento de paisagem, numa tentativa de ilusão perspéctica.
O recurso exaustivo à folha de ouro é a característica mais marcante desta tábua: nos nimbos, nas coroas, na estrela, nas bordaduras das orlas dos mantos.
A escolha da moeda ofertada pelo mago Melchior – um dinheiro, de D. Sancho I – revela a intenção do pintor em evocar a infanta D. Sancha, filha daquele rei, que mandou fundar o mosteiro c. 1221. Incorporação: Outro - Transferência (Conventos extintos). Mosteiro de Santa Maria de Celas, Coimbra
Origem / Historial: Elemento de um políptico de seis pinturas a óleo sobre madeira, executado na Oficina de Vicente Gil e seu filho Manuel Vicente, no início do século XVI, sob encomenda da abadessa do Mosteiro de Santa Maria de Celas, Coimbra.
O conjunto é tradicionalmente designado por Políptico de Celas.
Após a nacionalização dos bens da Igreja, passou para a posse do Estado.
Bibliografia | CORREIA, Vergílio - Secções de Arte e Arqueologia. Coimbra: MNMC, 1941, pág. - | CORREIA, Vergílio; GONÇALVES, António Nogueira - Inventário Artístico de Portugal - Cidade de Coimbra. Lisboa: 1947, pág. - | DIAS, Pedro - Vicente Gil e Manuel Vicente - Pintores da Coimbra Manuelina. Coimbra: Câmara Municipal de Coimbra, Julho 2003, pág. 37-41;94-100 | Europália 91 - No tempo das Feitorias - Europália[cat.exp.]. Antuérpia: 1991, pág. - | GUSMÃO, Adriano de - "Os Primitivos Portugueses e a Renascença" in Arte Portuguesa II. Lisboa: 1948, pág. - | PAMPLONA, Fernando de - Dicionário de Pintores e Escultores Portugueses ou que Trabalharam em Portugal. Barcelos: Livraria Civilização Editora, 1988, pág. vol.V,pág.345 | Pintura dos Mestres do Sardoal e Abrantes[cat.exp.]. Lisboa: 1971, pág. - | SANTOS, Reynaldo dos - Oito séculos de Arte Portuguesa. História e Espírito. Lisboa: Empresa Nacional Publicidade, 1966, pág. - | |
|
|