Museu:
Museu Nacional de Arqueologia
N.º de Inventário:
2009.40.1
Supercategoria:
Arqueologia
Denominação:
Estela com escrita do Sudoeste
Grupo Cultural:
1ª Idade do Ferro do Sul
Datação:
VIII a.C. - VII a.C. - 1ª Idade do Ferro
Matéria:
Xisto grauváquico cinzento
Técnica:
Alisamento e incisão
Dimensões (cm):
altura: 38; largura: 8,5; espessura: 7,5;
Descrição:
Fragmento de estela sepulcral de forma rectangular em xisto grauváquico, apresentando em ambas as faces uma inscrição pré-latina de direcção destrorsa, organizada numa linha, em ambos os casos, de colocação vertical (?). A estrutura é constituída por um possível antropónimo, aparentemente repetido em nas duas faces, tendo-se perdido o restante. Grupo 4. (Segundo classificação e descrição de V.H.C - 1996, cat. 56)
Nota de contextualização:
"Um dos mais importantes indicadores culturais do Ocidente europeu é constituído pela existência de escrita de estrutura semi-silábica, datada dos sécs. VII a V a.C. e delimitada geograficamente pelo Baixo Alentejo e Algarve.
Esta escrita aparece-nos maioritariamente sobre suportes de pedra, em estelas, bétilos ou lápide sepulcrais em clara conexão com contextos funerários de filiação cultural orientalizante, revelando o uso de fórmulas padronizadas, mais ou menos repetitiva.
No Alentejo, verifica-se aliás uma das suas variantes, traduzida pela menor riqueza e diversidade de fórmulas funerárias.
Trata-se de um semi-silabário, aparentado ao alfabeto fenício, mas em que a existência de grande número de vogais pode também indicar uma escrita não semita, cujo valor fonético é conhecido, mas ainda indecifrado, usado pelas elites locais, que naquela região defendiam as rotas do minério e asseguravam o controle do comércio, na área de influência e sob a égide de Tartessos."
Incorporação:
Outro - Mandato legal.
Escavações de Caetano M. Beirão