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FICHA DE INVENTÁRIO
Museu:
Museu Nacional de Arqueologia
N.º de Inventário:
2015.5.1
Supercategoria:
Arte
Categoria:
Escultura
Denominação:
Alabastro de Nottingham
Autor:
Desconhecido
Oficina / Fabricante:
Oficinas de Nottingham (Inglaterra)
Datação:
1400 d.C. - 1460 d.C. - Idade Média
Matéria:
Alabastro
Técnica:
Alabastro esculpido em baixo e médio relevo
Dimensões (cm):
altura: 44,3; largura: 28,2; espessura: 5,3;
Descrição:
Placa de alabastro com representação da cena da crucificação de Cristo, esculpida em alto relevo. A composição integra um conjunto de sete figuras, dispostas a partir de um eixo central. Este eixo é marcado pela figura de Cristo crucificado, representado com os olhos fechados, cabeça nimbada ligeiramente inclinada. As figuras dispõem-se comprimidas dentro do limite do campo escultórico, são esguias e elegantes, magistralmente tratadas, com as cabeças retratadas de forma padronizada. Esta placa constituía parte de um conjunto de vários módulos, que formariam originalmente um retábulo, vulgarmente conhecidos por alabastros de Nottingham, revelando de imediato o material em que foram esculpidas e a origem inglesa. Este material, de aparência semelhante ao mármore, oferecia uma excepcional potencialidade para qualquer escultor, uma vez que é macio e fácil de trabalhar quando extraído, e endurece ao contacto com o ar, garantindo, assim, não só, uma escultura rica em pormenores de reduzida dimensão, mas também uma maior facilidade na aplicação da policromia e do douramento, e consequente durabilidade. Insere-se, juntamente com outros exemplares semelhantes nas temáticas, figurinos e relevos, num universo abrangente de obras realizadas expressamente para exportação, entre os finais do século XIV e primeira metade do século XVI. Tratava-se, portanto, de produção em larga escala, de carácter ogicinal, destinada à exportação.São oriundas de oficinas inglesas, sedeadas em várias cidades (perto dos centros extractores de alabastro - Strafford, Derby e York), sendo as mais conhecidas as da cidade de Nottingham, onde estão documentados um grande número de oficinas e trabalhadores. Infelizmente o tipo de escultura é bastante uniforme e, à falta de regionalismos, é dificil ou impossível identificar a proveniência da cidade exacta de uma peça. Documentalmente está referida a actividade de escultura em alabastro em Nottingham de 1367 a 1530, apesar do maior número de representações advir do último quartel do século XV. As cenas representadas nos vários painéis estavam sempre relacionadas; e se a cena central é a Crucificação é certo que os outros seis painéis representavam outras cenas da paixão de Cristo, tais como a Traição de Judas, a Flagelação, a Deposição no Túmulo e a Ressureição. Nesta peça Cristo é a figura central. Ladeiam-no do lado direito quatro figuras femininas, uma delas, que desfalece, é a Virgem; do lado esquerdo da figura, três homens: dois soldados mais atrás e em destaque, à frente, uma figura vestida à maneira dos nobres. Este homem, que olha para o lado como que horrorizado pelo seu próprio acto; arrependido; poderia personificar o Rei, o soldado que feriu mortalmente Cristo nas costelas com uma lança ou até mesmo Judas, mas o mais importante nesta cena, peça é o que esta pretendia transmitir aos fiéis da época: sentimentos de piedade (Virgem) e arrependimento (Rei/soldado/Judas). Os paínéis eram normalmente pintados (prática completamente instalada no século XV) e não necessariamente sempre antes de serem expostos. Quem esculpia era muitas vezes também o pintor da peça. As cores usadas eram vermelho, verde, preto, dourado e ocasionalmente azul e branco. O fundo era muitas vezes colorido de verde e sobre este representavam-se margaridas através de cinco pontos brancos rodeando um ponto vermelho. Na Idade Média quase toda a Europa professava a mesma religião, logo uma peça de altar feita em Inglaterra podia ser exportada para qualquer parte. O documento mais antigo de exportação de alabastro inglês data de 1382. Esta peça pertence provavelmente ao segundo de três períodos que compreende os anos de 1400 a 1460, segundo Francis Cheetam (ver bibliografia): "O baixo-relevo foi lentamente abandonado por incisões mais profundas no painel. os topos arredondados começaram a ser comuns e as extremidades eram feitas em cantaria, com cantos toscos. Isto provavelmente aponta para o início da ordenação dos painéis e figuras juntos numa moldura em madeira. À medida que se caminha para o fim deste período os painéis têm um acabamento ainda mais tosco. (...) O único conjunto de peças de altar que pode ser datado precisamente através de evidência documental pertence a este período e é o famoso conjunto de Santiago que data de cerca de 1456. " Com a Reforma este tipo de arte, sacra, em alabastro, desaparece.
Incorporação:
Compra - Desconhecido
 
     
     
   
     
     
     
 
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