Origem / Historial:
Esta peça está descrita no livro de Entradas do Museu, entre as peças compreendidas entre os nº 6463 - 6470, com a seguinte informação:"Capitéis para Félix explicar. Arredores de Lisboa".
Após consulta sistemática da documentação original de Estácio da Veiga, existente na biblioteca deste Museu, verificou-se existir uma fotografia do capitel contendo a informação deste ser proveniente de Milreu, e a seguinte legenda: "Capitel de calcareo branco, de forma circular, com volutas lateraes da ordem jonica(?), rematado n'um abaco muito saliente de superficie quadrada - nas escavções das thermas".
As ruínas romanas de Milreu são conhecidas desde o séc. XVI através de André de Resende. Em 1877 Estácio da Veiga, no âmbito do levantamento da carta arqueológica do Algarve, efectuou as primeiras escavações arqueológicas naquele local com o apoio do dono do terreno o Sr. Manuel José de Sarrea Tavares Garfias e Torres, tendo recolhido um abundante, rico e diversificado espólio arqueológico que foi depositado no Museu do Algarve. Em 1894, este material deu entrada no Museu Etnológico Português.
Durante as suas pesquisas ele escavou um balneário com 58 compartimentos, casas de habitação, oficinas industriais, arruamentos, canalizações, etc e já perto da Serra de Guelhim o cemitério da cidade. Para este investigador Milreu é então a sede da cidade de Ossonoba.