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FICHA DE INVENTÁRIO
Museu: Museu Nacional de Arqueologia N.º de Inventário: 982.62.104 Supercategoria: Arqueologia Denominação: Kratêr-de-sino de estilo ático de figuras vermelhas Autor: Grupo de Viena 1025 Datação: 400 a.C. - 375 a.C. - 2ª Idade do Ferro Dimensões (cm): altura: 35; diâmetro: 34 (bordo); Descrição: Kratêr-de-sino de cerâmica grega ática de figuras vermelhas pertencente ao grupo do Pintor de Viena 1025. Encontra-se fragmentado e reconstituído a partir de vários fragmentos, embora se encontre com algumas lacunas. Tem a forma de sino; o pé é decorado com uma banda negra larga; bordo extrovertido. É composto por duas asas, junto das quais, nos pontos de junção ao vaso, se desenvolvem dois círculos; debaixo destes surgem palmetas e linguetas. Esta peça é constituída por duas cenas principais que são rematadas por bandas prenchidas com linhas labirínticas.
A cena "A" é composta por Artémis fazendo uma libação a Apolo. Esta superfície apresenta cinco figuras: uma feminina, duas figuras sentadas (Apolo ao centro e Artémis do lado direito) e nuas; uma outra personagem, que para Rouillard se trata de Hermes, encontra-se sobre uma rocha. Segundo o mesmo autor esta cena refere-se ao exterior de um santuário.
A cena "B" é composta por uma dança de Sátiros e Ménade. Restam três figuras, sendo que uma delas apresenta, apenas, uma perna (sátiro); uma outra, feminina, um braço e o tronco (ménade); a terceira personagem tem cabelos negros, encaracolados e está nu (jovem sátiro).
(Segundo ROUILLARD, 1988-1989). Incorporação: Achado - Campanha arqueológica Proveniência: Olival do Senhor dos Mártires, Alcácer do Sal
Origem / Historial: O cemitério pré-romano do Senhor dos Mártires foi casualmente descoberto em 1874 e depois nos anos 20 do século XX escavado por Virgílio Correia. As formas de enterramento por ele observadas distingue quatro tipos diferentes: em urna cinerária de cerâmica coberta por uma espécie de prato em tronco de cone; em urna cinerária de gola curta e estreita coberta por uma laje de xisto ou por uma tampa de cerâmica de covo semiesférico e abas direitas, colocada sobre a rocha do fundo em cavidades ovais ou elípticas; constituído por uma aglomeraçáo de cinzas e ossos assentado directamente sobre a rocha do fundo ou na terra; constituído por uma escavação rectangular aberta na rocha do fundo no interior da qual se encontra recortada uma outra, mais pequena, do mesmo formato, contendo cinzas, fragmentos ósseos, armas, jóias e vasinhos rituais. Posteriores trabalhos de Cavaleiro Paixão nos anos 60 não permitiram referenciar um número e uma variedade de enterramentos intactos que permitisse confirmar integralmente a tipologia apresentada por Correia, tendo sido escavado um conjunto de vinte e sete sepulturas de incineração. (Ficha do Portal do Arqueólogo)
Bibliografia | ALARCAO, J. (Coord); Ana Isabel SANTOS - De Ulisses a Viriato. O primeiro milénio a.C.. Lisboa: MNA, 1996, pág. 252 | CORREIA, Vergílio - " As fíbulas da Necrópole de Alcácer do Sal ", in Acta Universitatis Conimbrigensis - OBRAS - vol. IV. Coimbra: 1972, pág. - | CORREIA, Vergílio - "Alcácer do Sal", in Obras - v. 4. Coimbra: Universidade, 1972, pág. - | CORREIA, Vergílio - "Escavações realizadas na necrópole pré-romana de Alcácer do Sal", in O Instituto, 4ª série, 75. Coimbra: 1928, pág. - | PAIXÃO, A.C. - O recente achado de trés escaravelhos na Necrópole do Senhor dos Mártires em Alcácer do Sal, in Actas do II Congresso Nacional de Arqueologia vol.I. Coimbra: Junta Nacional de Educação, 1971, pág. 309-314 | PEREIRA, Maria Helena da Rocha; Com. cientifica - Vasos Gregos em Portugal, Aquém das colunas de Hércules. Lisboa: IPM, 2007, pág. 142, nº 58 | ROUILLARD, Pierre - "Les vases grecs d' Alcácer do Sal (Portugal), O Arqueólogo Português, s.4, vol 6/7. Lisboa: 1988-1989, pág. 43-108 | |
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