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FICHA DE INVENTÁRIO
Museu:
Museu Nacional de Arqueologia
N.º de Inventário:
E 243
Supercategoria:
Arqueologia
Categoria:
Artefactos ideotécnicos
Denominação:
Escaravelho
Local de Execução:
Egipto
Centro de Fabrico:
Desconhecido
Datação:
VII a.C. - III a.C. - Época Baixa
Matéria:
Marfim
Técnica:
Talhe e Escultura
Dimensões (cm):
largura: 1,5; comprimento: 2;
Descrição:
Escaravelho em bom estado de conservação, com cabeça e clípeos marcados, patas em relevo lateral, protórax e élitros diferenciados, apresentando inscrição na base; perfurado longitudinalmente para adaptação a um anel e provável uso como sinete. A decoração da base apresenta-se em três registos diferentes, separados por traços duplos incisos, sendo todo o conjunto delimitado por uma orla incisa. Como remate superior surge um signo "neb" com incisões em ziguezague; o tema central está colocado na transversal e exibe uma série de signos hieroglíficos alterados: a bilítera com o significado de "terra", a conhecida bilítera "neb" que, entre outras interpretações significa proprietário e senhor, e o signo unilítero que parece ser um desdobramento da bilítera "neb". Uma possível leitura deste pequeno texto vertical ( e a escrita hieroglífica tal como aqui se apresenta bem o permite fazer) dar-nos-ia a frase: " ta neb en neb en neb", quem é como quem diz " toda a terra para o senhor de tudo". A proposta poderá não corresponder totalmente à ideia de quem executou a gravação, mas não deixa de ser sedutora, não apenas porque os possuidores do objecto interpretariam os signos de acordo com os seus desejos em função da estrutura simples e consonântica do pequeno texto, mas também porque é bem conhecida a apetência dos Egípcios pelo fenómeno da aliteração gráfica ou prosódica, a qual neste texto se detecta. Uma outra leitura dos signos seria fazê-los radicar num modelo que remonta já ao período do domínio hicso (séculos XVII-XVI a.C) e que depois se desvaneceu; a ser assim, a fórmula do escaravelho podia ser uma desajeitada interpretação do modelo "a-n-r" associada a uma intencionalidade arcaizante. Finalmente, a base do escaravelho exibe, em simetria, o signo "djed", um símbolo osírico que marca presença entre os mais solicitados amuletos, ladeado aqui por duas coroas vermelhas do Baixo Egipto com o seu típico adereço projectado para a frente e enrolado na ponta, estando cada uma delas voltada para o exterior: trata-se da coroa "decheret", a qual pontificava entre a simbologia faraónica e que também era usada, entre outros, pelo deus Hórus e pela deusa Neit.
Incorporação:
Outro - Desconhecido
Proveniência:
Desconhecido. Egipto
Origem / Historial:
Exposta na "Sala do Egipto" até 1980.
 
     
     
   
     
     
     
 
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