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FICHA DE INVENTÁRIO
Museu:
Museu Nacional de Arqueologia
N.º de Inventário:
E 6150
Supercategoria:
Arqueologia
Categoria:
Epigrafia
Denominação:
Ara ao Genio Tiauranceaico
Grupo Cultural:
Celtibérico/Romano
Datação:
II d.C. - III d.C. - Época Romana
Matéria:
Granito
Dimensões (cm):
altura: 124; largura: 64,8; espessura: 62,9;
Descrição:
Ara cujo capitel se encontra muito fracturado, tal como parte da base. Moldurada sob a cornija. O campo epigráfico assenta sobre o fuste, sem qualquer delimitação. A paginação do texto dispõe de alinhamento à esquerda e à direita. "As molduras, espessas, estão por assim dizer esboçadas e a base, muito volumosa, grosseiramente desbastada, afigura-se ter tido o destino primitivo de ficar enterrada no solo (...). Na face superior da ara ha uma cavidade, mas encaixe adequado a segurar a base de qualquer remate que o cippo supportasse: uma estátua ou busto do Genio. (...) Nas faces laterais da ara não ha nenhum simbolo ou emblema." (F. A. Pereira, 1907) Consagração ao GENIVS, "numen protector" propiciador. Talabrigensis surge como identificação de "origo", localizada algures na área Sul do rio Douro. O epíteto TIAVRANCEAICO do GENIVS aponta para uma população distinta, núcleo restrito de habitantes duma localidade, integrada no espaço mais lacto da "civitas". O contexto onomástico da dedicante é paleohispânico. (C. A. F.) C AMAL A (AMA em nexo) . AR/QVI . F(ilia) . TAL/ABRIGEN/SIS . GENIO . T/IAVRAN (AN em nexo)CEAI/CO V(otum) . S(olvit) . L(ibens) . M(erito) Camala, filha de Arquius, Talabrigense, cumpre de boa vontade um voto ao Genio Tiauranceaico.
Incorporação:
Doação - (...) por intermedio do Rev. Manoel J. da Cunha Brito, a obteve (...) do Rev. José Fiuza da Rocha. Tendo em conta a carta de Félix Alves Pereira (espécie 17852) datada de 13/4/1905, para José Leite de Vasconcelos refere que já está no Museu a Ara de Estorãos (Ponte de Lima) à data da correspondência.
Proveniência:
Igreja paroquial de Estorãos
Origem / Historial:
" Um dedicado amigo meu (Padre Manoel J. da Cunha Brito) escrevia-me num dos primeiros meses de 1905 que, haveria tres annos, ao fazerem-se obras no altar-mór da igreja parochial de Estórãos, a um palmo do pavimento, e nas substrucções do mesmo altar, apparecera uma pedra escrita que depois de transferida para o adro, servia de «pé» a uma mesa de pedra."(F.A.Pereira, 1907)

Bibliografia

ENCARNAÇÃO, José d' - Divindades Indígenas sob o domínio romano em Portugal- Subsídios para o seu estudo. Lisboa: Imprensa Nacional- Casa da Moeda, 1975, pág. 192-194

PEREIRA, Félix Alves - "Ara celtibérica da época romana", O Arqueólogo Português, XII. Lisboa: 1907, pág. 36-52

RIBEIRO, José Cardim (Coord) - Religiões da Lusitânia, Loquuntur saxa. Lisboa: IPM, 2002, pág. 365

VASCONCELOS, José Leite de - Religiões da Lusitânia, III. Lisboa: Imprensa Nacional, 1913, pág. 199

GOMES, R.M.Soutelo (2015) - Interação cultural e "interpretatio" na epigrafia votiva: O caso da fachada ocidental do "conuentus Bracaraugustanus". Dissertação de Mestrado. Universidade do Minho., pág. 285-287

 
     
     
   
     
     
     
 
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