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FICHA DE INVENTÁRIO
Museu:
Museu Nacional de Arqueologia
N.º de Inventário:
988.3.25
Supercategoria:
Arqueologia
Categoria:
Epigrafia
Denominação:
Ara a Endovélico por Iulia Maxuma
Datação:
I d.C. - Época Romana
Matéria:
Mármore branco do tipo Estremoz / Vila Viçosa
Dimensões (cm):
altura: 58; largura: 29; espessura: 22;
Descrição:
"Ara com moldura sob a cornija e na base; plinto liso; no topo apresenta uma cavidade quadrangular. A inscrição apresenta uma paginação cuidada, respeitando a lógica interna do texto, com alinhamento à direita e à esquerda; a pontuação é feita por "hederae". Dedicatória a ENDOVELLICVS; o teónimo é expresso na sua forma mais comum e bem destacado, em letras de módulo maior. A onomástica e filiação da dedicante são latinas; apresenta uma conjugação muito vulgar entre gentilício e cognome - Iulia Maxuma -, aliás patente noutra invocação a Endovélico sensivelmente contemporânea ( o que não significa, mas também não impede, que se trate da mesma devota). (J.C.Ribeiro, 2002, cat. 56) ENDO / VELLICO / IVLIA (hedera) P(ublii) (hedera) / MAXVMA / V(otum) (hedera) S(olvit) (hedera) L(ibens) (hedera) A(nimo) (hedera) // Tradução: A Endovellicus, Iulia Maxuma, filha de Publius, o voto cumpriu de bom grado.
Incorporação:
Outro - Mandato legal. Escavações de J.L.Vasconcelos
Proveniência:
S. Miguel da Mota
Origem / Historial:
O Santuário do Deus Endovélico situa-se no Monte de S. Miguel da Mota, Alandroal. Nesse local havia as ruínas de um templo cristão, cujos alicerces e paredes eram em parte constituídos por pedras pertencentes ao santuário de Endovélico, tais como aras, estatuetas, bases de estátuas e de aras. No Entrudo de 1890 José Leite de Vasconcelos deslocou-se a S. Miguel da Mota e obteve do dono da herdade, Sr.Manuel Inácio Belo a necessária autorização para iniciar os trabalhos arqueológicos. Nessa altura recolheu algumas peças, que trouxe para a Bilblioteca Nacional de Lisboa, onde, à data, era Conservador. Verificou no entanto que era necessário proceder à desmontagem do edificio para se poderem recolher as melhores peças. Participou tal facto ao Inspector Geral dos arquivos e bibliotecas públicas do reino, Sr. António Ennes, que conseguiu autorização do Ministro do Reino que mandou fazer a exploração arqueológica. Foi José Leite de Vasconcelos encarregado desse trabalho, que iniciou na Páscoa desse mesmo ano. Trouxe cerca de 200 lápides (elementos arquitetónicos, fragmentos, etc.) que se depositaram na Biblioteca Nacional e foram daí transferidas para o Museu.

Bibliografia

ENCARNAÇÃO, José d' - Inscrições Romanas do Conventus Pacensis- Subsídios para o Estudo da Romanização. Coimbra: 1984, pág. p.580, nº501

LAMBRINO, Scarlat - "Catalogue des Inscriptions Latines du Musée Leite de Vasconcelos", in O Arqueólogo Português, série III, vol. I. Lisboa: MNA, 1967, pág. 192

RIBEIRO, José Cardim (Coord) - Religiões da Lusitânia, Loquuntur saxa. Lisboa: IPM, 2002, pág. 393

 
     
     
   
     
     
     
 
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