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FICHA DE INVENTÁRIO
Museu:
Museu Nacional de Arqueologia
N.º de Inventário:
Au 298
Supercategoria:
Arqueologia
Categoria:
Ourivesaria
Denominação:
Arrecada
Datação:
VII a.C. - VI a.C. - Idade do Ferro
Matéria:
Ouro
Técnica:
Lâminado e soldado
Dimensões (cm):
espessura: 0,7; diâmetro: 5,8; comprimento: 5,2;
Descrição:
Arrecada de suspensão simples constituída por um corpo lunular radiado, cujo centro é ocupado por uma lâmina semi-circular decorada. O corpo lunular, oco, convexo e liso, é formado por duas lâminas simétricas, justapostas, relevadas por repuxado (entre as quais se introduz a lâmina semi-circular), apresentando as extremidades em forma de tubos achatados, que constituem os espigões do brinco. A lâmina central apresenta decoração relevada constítuida por uma palmeta limitada por cercaduras de "SS" encadeados em parte oculta pelas lâminas do corpo lunular, que se sobrepôem: o bordo superior, dobrado para o reverso é decorado por caneluras paralelas verticais. A orla radeada é constituida por mínusculas hastes tubulares em forma de "T" decoradas por caneluras, dispostas paralelamente e introduzidas e soldadas em orifícios que percorrem o bordo do corpo lunular; a primeira haste da fiada apresenta-se transversalmente às outras. O reverso é em tudo idêntico ao anverso excepto na zona central que apresenta, em negativo, a sua decoração. Apresenta-se fendida no bordo superior da lâmina central; as hastes são formadas por duas lâminas simétricas unidas e soldadas nalguns pontos.
Incorporação:
Compra - Dr. Manuel Heleno
Proveniência:
Baião.
Origem / Historial:
*Forma de Protecção: classificação; Nível de Classificação: interesse nacional; Motivo: Necessidade de acautelamento de especiais medidas sobre o património cultural móvel de particular relevância para a Nação, designadamente os bens ou conjuntos de bens sobre os quais devam recair severas restrições de circulação no território nacional e internacional, nos termos da lei nº 107/2001, de 8 de Setembro e da respectiva legislação de desenvolvimento, devido ao facto da sua exemplaridade única, raridade, valor testemunhal de cultura ou civilização, relevância patrimonial e qualidade artística no contexto de uma época e estado de conservação que torne imprescindível a sua permanência em condições ambientais e de segurança específicas e adequadas; Legislação aplicável: Lei nº 107/2001, de 8 de Setembro; Acto Legislativo: Decreto; nº 19/2006; 18/07/2006* Contexto arqueológico desconhecido. Possível "tesouro", encontrado com as peças que na colecção do MNA têm a mesma proveniência. Todas as peças provenientes de Baião foram compradas pelo Dr.Manuel Heleno a um ourives por 4.000$. Segundo Ferreira da Silva este tipo de arrecadas, características do Noroeste Português caracteriza-se pela "leveza de estrutura, delicadeza de formas e riqueza de decoração" podendo referênciar-se antecedentes remotos nos pendentes constítuidos por uma lâmina de perfil ovalado com decoração marginal de pontos repuxados e com espigão em fita, com origem reconhecida na estremadura portuguesa em contextos campaniformes tardios, de que são exemplo os brincos da gruta artifícial da Ermegeira (nºs inv.410-411). No entanto, não se regista na região qualquer forma deste género que se possa considerar derivada dessa tradição, sendo as primeiras formas mais próximas às peças em questão, as quais denotam influências tartéssicas, datáveis da região dos séculos VII-VI aC: "enquadram-se no mundo das relações tartéssicas e manifestão características técnicas, morfológicas e temáticas de teor orientalizante), patentes nos seguintes aspectos, estrutura lâminar compósita, com utilização de lâminas e soldas; sistema simples de suspensão: temática decorativa claramente orientalizante: motivos estampados de palmetas com significativos paralelos mediterrânicos nos ambientes cipriotica e etrusco, segundo protótipos da arte fenício-cipriota, de priviligiada preferência penínsular, onde surgem representadas em númerosos casos, sobretudo meridionais, segundo o âmbito cronológico dos séculos VII e VI aC. Segundo a tipologia avançada pelo que foi citado definem o Tipo A, variante A1: corpo central constítuido por uma lãmina oca com variantes enriquecidas por apêndices, e com sistema de suspensão duplo ou simples (Silva,1986, p.241-242) o seu uso, feminino, está documentado iconogáficamente.
 
     
     
   
     
     
     
 
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