Origem / Historial:
Representação compósita que evoca nas suas formas uma associação mitológica entre o Homem; a água, representada pelo crocodilo; e a floresta, representada pelo antílope.
Utilizada em rituais da sociedade iniciática Simô, tradicionalmente ligada a todas as manifestações sociais e cerimoniais do povo Nalú, sendo outrora interdita aos não-iniciados.
Este objeto faz parte de um conjunto mais vasto adquirido por Victor Bandeira durante a viagem que fez a África entre Novembro de 1960 a Outubro de 1961 acompanhado da pintora francesa e sua companheira da altura, Françoise Carrel, na qual passou pelo Mali, Senegal, Sudão, Guiné-Bissau, Costa do Marfim, Gana e Nigéria.
Em 1961, Victor Bandeira expôs a coleção que constituiu durante esta viagem na inauguração do Museu da Escola Superior de Belas Artes, no Porto. Nesta exposição conheceu Ernesto Veiga de Oliveira, estreitando-se a partir daí uma forte colaboração e relação de amizade com a equipa do museu, passando a adquirir grandes conjuntos de objetos para a constituição do acervo.