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FICHA DE INVENTÁRIO
Museu:
Museu Nacional de Arqueologia
N.º de Inventário:
994.25.1
Supercategoria:
Arqueologia
Categoria:
Escultura
Denominação:
Sarcófago de mármore com prótomos de leões e estrígilos
Grupo Cultural:
Romano
Datação:
II d.C. - Época Romana
Matéria:
Mármore branco de Estremoz/Vila Viçosa
Dimensões (cm):
altura: 59; largura: 102,6; comprimento: 252,7;
Descrição:
Sarcófago talhado num único bloco de mármore branco com a forma de um paralelipípedo, apresentando decoração em baixo-relevo na face principal e nas laterais, mas não na superfície posterior destinada a ficar encostada à parede. A face frontal é decorada por uma cortina de estrígilos, sobre a qual surge ao centro um vaso de duas asas, com a forma típica dos vasos sacrificiais ou de libação, uma cratera de pansa arredondada e estriada assente em pé circular. Do bojo do vaso arranca um colo alto e estreito terminando em boca larga de onde pendem as duas asas sobre a parte superior da pança. O vaso, emblema da água purificadora das religiões de mistérios ou vaso de libações funerárias, está relacionado com a preparação do defunto para a vida futura, assumindo ao mesmo tempo uma conotação dionisíaca, presente em grande parte dos sarcófagos romanos. Esta conotação é aqui reforçada pelo aspecto do sarcófago, com forma interior de uma tina de lagar, ou lênos, símbolo dionisíaco por excelência. Em cada extremo do sarcófago avultam dois prótomos de leão, mostrando a cabeça do animal vista de frente, as fauces arreganhadas exibindo as presas que seguram uma argola, os olhos abertos, a juba emoldurando a face vincada numa expressão feroz. Estes animais têm tradicionalmente um significado funerário e também vitalista, são animais relacionados com a morte, mas também com a força e a vitalidade e, portanto, com a ressureição e a vida futura, os leões seguram as argolas do ataúde. Apresenta uma decoração inacabada da moldura da base com óvulos e linguetas e uma corda encimada por um friso de dentículos no limite superior. Os estrigilos continuam na face dos topos preenchendo o espaço. A peça possui um orifício na base para escorrência de líquidos, o que indica utilização como recipiente de uso comum depois de ter sido desafectada da função funerária primitiva.
Incorporação:
Compra - Comprada pelo Director José Leite de Vasconcelos
Proveniência:
Arredores de Évora
Origem / Historial:
*Forma de Protecção: classificação; Nível de Classificação: interesse nacional; Motivo: Necessidade de acautelamento de especiais medidas sobre o património cultural móvel de particular relevância para a Nação, designadamente os bens ou conjuntos de bens sobre os quais devam recair severas restrições de circulação no território nacional e internacional, nos termos da lei nº 107/2001, de 8 de Setembro e da respectiva legislação de desenvolvimento, devido ao facto da sua exemplaridade única, raridade, valor testemunhal de cultura ou civilização, relevância patrimonial e qualidade artística no contexto de uma época e estado de conservação que torne imprescindível a sua permanência em condições ambientais e de segurança específicas e adequadas; Legislação aplicável: Lei nº 107/2001, de 8 de Setembro; Acto Legislativo: Decreto; nº 19/2006; 18/07/2006* Este sarcófago foi comprado por José Leite de Vasconcelos em Évora. Apareceu numa herdade nos arredores de Évora, desconhecendo-se o local exacto do seu achamento. (segundo José Leite de Vasconcelos, Religiões da Lusitânia, 1913, pág.625)

Título

Local

Data Início

Encerramento

N.º Catálogo

Escultura Romana

Museu Nacional de Arqueologia

1980-01-01

1982-12-31

Religiões da Lusitania. Loquuntur saxa

Museu Nacional de Arqueologia

2002-06-27

 
     
     
   
     
     
     
 
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