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FICHA DE INVENTÁRIO
Museu:
Museu Nacional de Arqueologia
N.º de Inventário:
994.7.1
Supercategoria:
Arqueologia
Categoria:
Escultura
Denominação:
Estátua de Esculápio
Datação:
117 d.C. - 138 d.C. - Época Romana
Matéria:
Mármore
Dimensões (cm):
altura: 157; largura: 54,7; espessura: 34,3;
Descrição:
Figura masculina, erecta, descansando sobre a perna esquerda, com o corpo coberto por um manto ("himation"), a mão esquerda apoiada num bastão ao qual se enrola uma serpente. A cabeça volumosa mostra uma face de olhos salientes, barba, bigode e cabelos encaracolados e fartos, cabelo atado na nuca. O manto cola-se aos contornos do corpo, a mão direita repousa sobre o peito saindo da dobra do manto numa pose helénica típica. A peça destinava-se a ficar encostada e por isso as costas são quase lisas. A estátua está jarretada, mão esquerda, punho do bastão e cabeça da serpente mutilados, a cara desfigurada, um manto e outras superfícies esborcinadas. Esta estátua representa o deus greco-romano da medicina Esculápio, portador do característico bastão com serpente enrolada. Sobre o corpo foi posta a cabeça-retrato de um personagem que já foi identificado como sendo o imperador Adriano, dadas as feições muito próximas com as imagens daquele imperador. Porém, tudo leva a crer que o retratado seja afinal o dominus, o proprietário da villa em questão. Trata-se de uma deificação privada. A escolha de Esculápio alude à profissão do representado, que era médico.
Incorporação:
Compra - Compra ao proprietário da herdade.
Proveniência:
Herdade do Monte da Salsa
Origem / Historial:
Encontrada na Herdade do Monte da Salsa, Brinches, Serpa, em 1954, talvez no interior das termas romanas aí existentes. JUntamente com a estátua foram encontrados outros objectos que ficaram na posse do proprietário da herdade. Em 1972 o proprietário propõe a venda da estátua ao Museu, que a adquiriu pela quantia de 200.000$00, nesse mesmo ano.
Iconografia e Heráldica

Tipo

Descrição

Imagem

Iconografia

Esculápio, deus da medicina

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Heráldica/Insígnia

A serpente tem para os homens de época clássica o significado de vida que emerge das profundezas da terra, e é por isso símbolo de vitalidade e de saúde. A figura portadora do bastão com a serpente enrolada é por isso o herói e deus restaurador da saúde, o médico Asclépio ou Esculápio, cujo oculto foi comum em inúmeros santuários públicos e privados existentes em todo o mundo clássico, sendo frequentes as imagens do deus no interior das termas consideradas como locais propícios às curas. O imperador ou o possível médico são por esta forma heroicizados, prática muito comum no que respeita às figuras imperiais que por esta via se revestiam de uma dignidade pessoal acrescida, e menos comum no caso particular de médicos assimilados a Esculápio. Como quer que seja não é facil discernir se a função principal desta peça foi a do culto ao deus ou a da homenagem ao homem. Sobre o corpo foi posta a cabeça-retrato de um personagem que já foi identificado como sendo o imperador Adriano, iconografia que não repugna dadas as semelhanças com a fisionomia desse imperador, ou como o retrato de um médico desconhecido.(J.L.M)

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