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FICHA DE INVENTÁRIO
Museu:
Museu Nacional de Arqueologia
N.º de Inventário:
994.6.3
Supercategoria:
Arqueologia
Categoria:
Escultura
Denominação:
Cabeça feminina
Grupo Cultural:
Romano/Lusitânia
Datação:
I d.C. - II d.C. - Época Romana
Matéria:
Mármore
Dimensões (cm):
altura: 29; largura: 19,1; espessura: 22,7;
Descrição:
Cabeça-retrato de uma jovem mulher, bem modelada, de traços expressivos e grande naturalidade. Tem o nariz fragmentado e pequenas falhas na superfície do queixo e do pescoço. É um bom retrato, realista, de feições correctas, tecnicamente bem executado, boca ligeiramente torcida, de lábios salientes e nariz arrebitado, mostrando secura e decisão. Ostenta um característico penteado em "ninho de vespa", a testa curta quase desaparece sob o diadema formado por uma cadeia tripla de caracóis sobrepostos, que as damas romanas mandavam armar sobre uma rede de fio ou de metal, e na parte anterior da cabeça uma mecha de cabelo enrosca-se em largo carrapito sobre a nuca descobrindo as orelhas. A moda deste penteado foi criada por Júlia, filha de Tito e esposa de Domiciano, no período flaviano, tratando-se talvez mesmo de um retrato da própria imperatriz. Esta escultura terá feito parte de um busto ou mesmo de uma estátua hoje desaparecidos. (Segundo ficha do Catálogo de Escultura Romana do MNA, da autoria de José Luis de Matos). Proveniente da villa romana de Milreu, este retrato espelha da melhor forma a riqueza, importância e a plena actualidade e inserção sócio-política das elites municipais da Lusitânia meridional em finais do século I - inícios do século II d.C., adoptando posturas e modas estereotipadas de evidente prestígio pela sua conotação com a casa imperial. (Segundo ficha de Catálogo da Exposição "Religiões da Lusitânia", da autoria de José Cardim Ribeiro).
Incorporação:
Outro - Mandato legal. Fazia parte da colecção de Estácio da Veiga que deu entrada no MNA por despacho ministerial
Proveniência:
Milreu, Faro
Origem / Historial:
*Forma de Protecção: classificação; Nível de Classificação: interesse nacional; Motivo: Necessidade de acautelamento de especiais medidas sobre o património cultural móvel de particular relevância para a Nação, designadamente os bens ou conjuntos de bens sobre os quais devam recair severas restrições de circulação no território nacional e internacional, nos termos da lei nº 107/2001, de 8 de Setembro e da respectiva legislação de desenvolvimento, devido ao facto da sua exemplaridade única, raridade, valor testemunhal de cultura ou civilização, relevância patrimonial e qualidade artística no contexto de uma época e estado de conservação que torne imprescindível a sua permanência em condições ambientais e de segurança específicas e adequadas; Legislação aplicável: Lei nº 107/2001, de 8 de Setembro; Acto Legislativo: Decreto; nº 19/2006; 18/07/2006* As ruínas romanas de Milreu são conhecidas desde o séc. XVI através de André de Resende. Em 1877 Estácio da Veiga, no âmbito do levantamento da carta arqueológica do Algarve, efectuou as primeiras escavações arqueológicas naquele local com o apoio do dono do terreno o Sr. Manuel José de Sarrea Tavares Garfias e Torres, tendo recolhido um abundante, rico e diversificado espólio arqueológico que foi depositado no Museu do Algarve. Em 1894, este material deu entrada no Museu Etnológico Português. Durante as suas pesquisas ele escavou um balneário com 58 compartimentos, casas de habitação, oficinas industriais, arruamentos, canalizações, etc e já perto da Serra de Guelhim o cemitério da cidade. Para este investigador Milreu era a sede da cidade de Ossonoba.
 
     
     
   
     
     
     
 
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